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Regional

Viana do Castelo atribuiu 26 títulos honoríficos no seu 176.º aniversário de elevação a cidade

21 Janeiro, 2024 | 13:50
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Pedro Xavier
6 min. leitura

O Teatro Municipal Sá de Miranda acolheu, este sábado, a Sessão Solene do Dia da Cidade, cerimónia que incluiu a atribuição de títulos honoríficos de Cidadão de Honra, Cidadão Honorário, Cidadão de Mérito, Instituição de Mérito e Empresa de Mérito, galardões que prestam homenagem às personalidades, às instituições e empresas que, nas mais diversas áreas, se destacam pelos notáveis serviços prestados a Viana do Castelo, ao país e ao mundo através do seu trabalho, da sua arte ou da sua dedicação.

No discurso de abertura da sessão, o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, defendeu a regionalização e focou-se nos 50 anos do 25 de Abril.

 “Constitucionalmente estabelecida, mas continuamente adiada por centralismo e falta de coragem de todos os que tiveram assento parlamentar nos últimos 50 anos, a Regionalização é fundamental e inevitável acontecer, não por razões históricas ou sociológicas, mas por imperativo económico e social”, declarou o responsável, considerando que a mesma irá promover o desenvolvimento e a equidade do território e da população. “Somos nós que temos que a fazer acontecer, não desarmar, estarmos vigilantes e reivindicar consistentemente ate à sua concretização”, reforçou Luís Nobre.

O autarca vianense aproveitou ainda o discurso para defender os “valores de Abril” e prestar homenagem a todos aqueles que lutam pelos mesmos. “Evocar abril continua, infelizmente, a dividir a sociedade portuguesa, sobretudo nas fações extremas do espectro político, numa tentativa de descontextualização, fragilização ou, não menos relevante, apropriação, em exclusivo, dos valores e princípios fundamentais de abril. Paralelamente e, infelizmente, para mal da democracia, assistimos ao avanço galopante do populismo, do extremismo e, muitas vezes, até do anarquismo, espaços cada vez com mais expressão que, ao consolidarem-se, colocam-nos desafios e obrigações coletivas que dizem respeito a todos”, lamentou.

“A má qualidade de alguns políticos ou a sua apetência para a corrupção é consequência e não causa da crise de representação. Chegados aqui, continuo a acreditar que relembrar, recordar, celebrar abril é assumir e dar espaço ao imaginário sobre a ação dos Capitães de Abril, mas também, porque sempre são esquecidos, a um conjunto de outros militares, políticos e anónimos que contribuíram para o seu sucesso, mantendo a lucidez e a resistência a ações externas e radicais que, tal como passado e hoje, mais não pretendiam e pretendem, do que ignorar a matriz dos valores de abril. Abril aconteceu para unir e não para desintegrar ou estabelecer hierarquias sociais e políticas”, considerou ainda, afirmando que “o sucesso do cumprimento dos princípios mais nobres do movimento de abril foi, sem dúvida, garantido pela ação e afirmação do Poder Local Democrático”. 

Foi, assim, entregue o título de “Cidadão de Honra“ a José Maria da Costa Reis Ribeiro (a título póstumo), pelos notáveis serviços prestados à Igreja e à imprensa religiosa local e nacional e pelo elevado sentido de cidadania e solidariedade social. O executivo atribuiu o mesmo galardão a Adriano António de Azevedo Pereira de Magalhães, pelo testemunho de cidadania e notáveis serviços prestados à população vianense enquanto médico especialista em cirurgia. Também Luís Gonzaga Coelho Villas-Boas Rebelo Marques foi galardoado como “Cidadão de Honra” pelos notáveis serviços prestados ao país, como militar e como psicólogo clínico, e pelo elevado sentido social, nomeadamente no acompanhamento de crianças em situação vulnerável, bem como António da Silva Parente, pelo notável percurso empresarial, em especial nas áreas do entretenimento e do turismo, importantes fatores de crescimento económico do país, bem como pelas suas inúmeras e discretas intervenções de cariz social e cultural.

O galardão de “Cidadão Honorário” foi atribuído a Eduardo Manuel Braga da Cruz Mendes Ferrão, pelos notáveis serviços prestados ao país, como militar, e pelo seu compromisso em envolver a nossa cultura e identidade nas Comemorações do Dia do Exército realizadas Viana do Castelo, tornando este evento memorável para os vianenses.

O general afirmou ser com “sentida honra” que veio receber o galardão em nome do Exército Português. “Felicito a história singular, vibrante e acolhedora de Viana do Castelo”, indicou, recordando “a forma inolvidável como decorreram as comemorações do Dia do Exército na cidade, graças à colaboração e calor humano das gentes de Viana”.

O título de Cidadão de Mérito foi entregue a:  Maria da Conceição Gonçalves Mesquita Ribeiro (a título póstumo), pelos relevantes serviços prestados ao voluntariado e ao associativismo, e pelo exemplo e testemunho passado aos jovens vianenses; António da Conceição Alves Franco Araújo de Sousa (a título póstumo), pelos relevantes serviços prestados ao país enquanto capelão militar na Guerra do Ultramar e no Exército, à Igreja e à educação enquanto pároco e professor; e Manuel Augusto da Cunha Araújo, pelos relevantes serviços prestados à cultura Vianense e divulgação das nossas tradições em diversos países do mundo.

Como “Cidadão de Mérito” foram distinguidos Nelson Pereira Freitas, pelos relevantes serviços prestados à gastronomia e pelo reconhecimento internacional como melhor jovem Chef do Mundo; Matias de Barros (a título póstumo), pelos relevantes serviços prestados ao jornalismo regional e nacional, como fundador e dirigente de órgãos de comunicação social, pelas suas publicações editoriais e pelo seu empenho como dirigente associativo; João Eduardo Gavinho Chavarria, pelos relevantes serviços prestados às tradições culturais vianenses, à comunidade e ao desporto, na modalidade de hóquei em patins; Luciano José Quintas Moure (a título póstumo), pelos relevantes serviços de cidadania enquanto dirigente associativo dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo e de outras associações de bombeiros nacionais; Rogério de Sousa Gonçalves, pelos relevantes serviços prestados ao desporto nacional e internacional, enquanto treinador de futebol. 

Igual título foi entregue a Eva Palma Parente Viana da Silva (a título póstumo), pelos relevantes serviços prestados ao ensino e à causa social em Viana do Castelo; e Monsenhor Sebastião Pires Ferreira, pelos relevantes serviços prestados à Diocese de Viana do Castelo como Vigário Geral e a toda a comunidade vianense em geral.

Como “Instituições de Mérito” foram distinguidas:  Assembleia Vianense, pelos relevantes serviços à comunidade Vianense, enquanto associação dinamizadora de ações culturais, sociais e recreativas, desde 1848; Associação de Futebol de Viana do Castelo, pelos relevantes serviços prestados ao desporto nacional e distrital, desde 1923; Hinoportuna – Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, pelos relevantes serviços prestados à cultura vianense, enquanto tuna académica, desde 1993; Associação dos Antigos Alunos da Escola Técnica de Viana do Castelo, pelos relevantes serviços prestados à educação e à cultura vianense, enquanto coletividade promotora ações de interesse para a escola e para a comunidade, desde 1980; Grupo de Danças e Cantares da Casa do Povo de Vila Nova de Anha, pelos relevantes serviços prestados à Cultura Popular e à Etnografia Vianense, desde 1983; e ainda Escola Superior de Saúde de Viana do Castelo, pelos relevantes serviços prestados à formação de profissionais de saúde de excelência, desde 1973.

Como “Empresas de Mérito” foram distinguidas: Café das Neves, pelo relevante trabalho prestado na preservação do comércio tradicional e à dinamização da economia vianense, desde 1948; Casa Salgado, pelo relevante trabalho prestado na preservação do comércio tradicional e à dinamização da economia vianense, desde 1953; Mármores Longarito, pelo relevante trabalho na dinamização da economia vianense, desde 1973; Hotel do Parque, pelo relevante trabalho na dinamização da economia vianense, desde 1972; e Luís Modas, pelo relevante trabalho prestado na preservação do comércio tradicional e à dinamização da economia vianense, desde 1973.

A 20 de Janeiro de 1848, D. Maria II elevou à categoria de cidade a Vila de Viana da Foz do Lima, atribuindo-lhe o nome de Viana do Castelo, como reconhecimento da coragem e lealdade da guarnição do Castelo de Santiago da Barra.

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