Cerca de 30 mulheres ganadeiras de Portugal e Espanha reuniram-se na Escola Superior Agrária do Politécnico de Viana do Castelo (ESA-IPVC) para debater o papel das mulheres na pecuária extensiva e a importância da valorização do setor.
O encontro marcou o primeiro passo para a criação de uma rede nacional de ganadeiras portuguesas, inspirada na experiência da rede espanhola Ganaderas en Red, e evidenciou a necessidade de maior reconhecimento e apoio para estas profissionais que cuidam do território, da biodiversidade e da cultura rural.
A montanha molda o quotidiano das mulheres ganadeiras do Noroeste de Portugal. O seu trabalho, invisível para muitos, sustenta a economia rural, preserva o território e protege a biodiversidade. Foi esta realidade que esteve em destaque no Encontro Internacional de Ganadeiras e no I Encontro Nacional de Ganadeiras Portuguesas, que decorreram na Escola Superior Agrária do Politécnico de Viana do Castelo, com a participação de cerca de 30 mulheres de ambos os lados da fronteira.
A iniciativa, promovida no âmbito do Projeto Bem Comum, coordenado pelo Politécnico de Viana do Castelo, nasceu da necessidade de dar maior reconhecimento às mulheres que se dedicam ao pastoreio extensivo e criar uma rede de partilha e apoio mútuo. O encontro contou com a projeção do documentário “Mulheres de vento, terra e gado”, que assinala os 10 anos da rede espanhola Ganaderas en Red (GeR), servindo de inspiração para a construção de uma estrutura semelhante em Portugal.
“As mulheres ganadeiras desempenham um papel fundamental na preservação das paisagens rurais e na manutenção do bem comum. Muitas vezes trabalham em isolamento, mas este encontro mostrou que juntas podem fazer a diferença, reforçando a identidade e o reconhecimento da sua atividade”, sublinha Joana Nogueira, docente do Politécnico de Viana do Castelo e coordenadora do Projeto Bem Comum.
Ganadeiras: guardadoras do território e da cultura rural
Embora o termo “ganadeira” seja pouco utilizado em Portugal, a sua essência reflete o trabalho diário destas mulheres: guardadoras de gado em sistema extensivo. No Noroeste de Portugal, o pastoreio desenvolve-se sobretudo em baldios, terras comunitárias onde persistem as práticas ancestrais de uso coletivo. As raças autóctones, como a Cachena, a Barrosã e a Minhota nos bovinos, a Churra do Minho nos ovinos e o Garrano nos equinos, fazem parte da identidade rural da região.
Em Portugal, o Centro de Competências do Pastoreio Extensivo (CCPE), criado em 2021, tem vindo a reforçar a importância deste modelo de produção animal, que se baseia no uso de pastagens naturais e na baixa utilização de fatores externos, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e para a fixação da população no território.
Um primeiro passo para uma rede nacional de ganadeiras
O encontro assinalou um momento decisivo para as mulheres ganadeiras portuguesas, que manifestaram o desejo de consolidar uma rede de apoio, formação e valorização do setor. Inspiradas pela experiência da congénere espanhola, o objetivo é fortalecer laços, promover boas práticas e garantir um futuro sustentável para o pastoreio extensivo.
“Com este encontro, damos um passo importante para criar uma rede nacional de ganadeiras em Portugal, onde as mulheres possam trocar experiências, encontrar apoio e reforçar a sua representatividade no setor”, acrescenta Joana Nogueira.
A iniciativa, além de destacar a resiliência e a importância das mulheres ganadeiras, sublinha a necessidade de políticas públicas que reconheçam e incentivem o pastoreio extensivo como uma atividade essencial para a sustentabilidade dos territórios rurais. O vídeo do Projeto Bem Comum, disponível aqui, permite conhecer melhor estas mulheres que, com o seu trabalho, cuidam da terra e do futuro.
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