A Câmara Municipal de Viana do Castelo já tem um Plano Municipal de Eficiência Energética e um Plano Municipal de Poupança de Água como instrumentos de ação e de trabalho que visam dar resposta a dois dos maiores desafios da atualidade.
O Presidente da Câmara, Luís Nobre, afirmou, em conferência de imprensa de apresentação dos planos, que o Município deverá poupar, nos próximos 12 meses, 1 milhão de euros, com as 23 medidas.
Nos planos, é referido que Viana do Castelo “tem mantido, ao longo dos últimos anos, uma política assente no respeito pela natureza e no desenvolvimento sustentável do concelho”. Por isso, medidas que visam a eficiência energética e a eficácia na gestão de recursos naturais como a água são já uma realidade nas políticas municipais que o executivo municipal pretende agora aprofundar, tendo em consideração a necessidade de mitigar efeitos provocados pela crise energética na Europa e pela seca extrema sentida no país.
Assim, no âmbito dos dois planos, destaque para o lançamento da campanha “Poupar hoje para garantir o amanhã”, sensibilizando para a poupança energética e para a poupança de água, envolvendo meios de comunicação social locais, juntas de freguesia e acompanhado de uma campanha de comunicação adaptada.
A autarquia vai também implementar um Manual de Boas Práticas para a Poupança de Energia e outro Manual para a Poupança de Água, para utilizadores de edifícios e espaços municipais (escolas, serviços, etc.), assim como para os funcionários municipais para adaptação aos locais de trabalho de um plano interno de poupança energética e de poupança de água.
No que toca ao Plano Municipal de Eficiência Energética, serão promovidas ações de proximidade e sensibilização junto dos agentes económicos, apelando à poupança energética, em colaboração direta com a Associação Empresarial de Viana do Castelo. A autarquia irá proceder à Certificação Energética dos edifícios e implementação de um sistema de gestão central para aquecimento de espaços públicos, assim como de coletores solares onde é necessária água quente sanitária.
Outras das medidas passa por Desligar a luz ornamental em todos os espaços públicos a partir das 01 horas e por desligar fontes públicas que recorram a energia elétrica. O município vai manter e diminuir nalguns espaços a iluminação pública em zonas urbanas durante a noite, desde que se mantenha a segurança.
A autarquia tem já diversas medidas implementadas com vista à eficiência energética, mas irá reforçar as mesmas. Recorde-se que, na iluminação pública, desde 2017 foram instalados reguladores de fluxo e lâmpadas led, permitindo substituir 17 mil dos 37 mil pontos de luz com programação, correspondendo a uma redução de consumo de 70 por cento. Foram também colocados nos espaços municipais coletores solares em piscinas, representando uma poupança de 60% com custos no aquecimento de água), águas residuais e painéis fotovoltaicos (piscinas, pavilhões e escolas).
Entre as medidas, encontram-se ainda a Consolidação e ampliação da substituição da frota municipal por veículos mais eficientes e instalação de um sistema de gestão de frota com GPS (para permitir poupança de 10%). Desde 2005 que Viana do Castelo tem efetuado um conjunto de adaptações neste âmbito. Existem dois autocarros elétricos que circulam pelo centro histórico; a recolha de resíduos sólidos e limpeza do espaço público é feita com viaturas elétricas. A frota está a ser substituída, sendo que conta já com 12 viaturas elétricas, mas também com 20 bicicletas elétricas, três não elétricas e cinco trotinetes elétricas para utilização dos colaboradores municipais.
Será também promovida a Instalação de sistema de sustentabilidade hídrica em 19 edifícios municipais para redução do consumo de energia na água quente utilizada (principalmente chuveiros) e avançar para uma segunda fase nos restantes edifícios municipais.
Já no Plano Municipal de Poupança de Água, destaque ainda para a Promoção de ações de proximidade e sensibilização e informação ambiental dirigidas a diversos públicos e faixas etárias para valorização da água como recurso essencial e sensibilizando para um consumo sustentável. Em causa estão alunos das escolas ou comerciantes, em colaboração direta com a Associação Empresarial de Viana do Castelo.
Outras medidas passam pela Monitorização das situações problemáticas, nomeadamente de falta de água em freguesias de montanha; Adoção de boas práticas e/ou redução dos consumos de água: garantir regas pontuais apenas em vasos e plantas com água de captação própria, que não da rede pública; instalação de sistemas de rega inteligente e programação para rega noturna: Viana do Castelo utiliza já água não tratada e proveniente de fontes como poços e furos em 90 por cento dos espaços verdes e tem vindo a implementar a plantação de espécies autóctones que não necessitam de rega artificial.
Redução da lavagem de ruas com recurso a água potável e fazê-lo apenas se necessário; Utilização de fontes alternativas de água e aproveitamento de furos e poços existentes, bem como águas pluviais para ações de proteção civil; Suspensão de 38 contratos/contadores de rega do sistema público numa primeira fase; Instalação de sistema de sustentabilidade hídrica em 19 edifícios municipais para redução do consumo de energia na água quente utilizada (principalmente chuveiros) e avançar para uma segunda fase nos restantes edifícios municipais são outras das medidas constantes neste plano.
Controlo e deteção, em parceria com a Águas do Alto Minho, de perdas e fugas da rede pública de água; Redução em 50% na frequência da lavagem dos veículos do município; Revisão/levantamento de todos os sistemas de rega as freguesias do concelho para redução dos tempos de rega e para substituição por captação própria integram igualmente este leque de medidas.
O autarca informou ainda que, neste âmbito, será promovida uma Redução de 50% de taxas urbanísticas em todas as operações de licenciamento de obras que garantam a construção de reservatórios de águas pluviais.
Toda a criança nascida no novo milénio tem o direito de viver até a idade de, pelo menos, 65 anos sem sofrer de doença cardiovascular evitável.
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