As épocas festivas de final de ano são propícias a balanços do passado e reflexões sobre o futuro. Esses exercícios têm-se tornado, ano após ano, cada vez mais preocupantes quanto ao passado e angustiantes no que ao futuro diz respeito, sendo progressivamente mais difícil e complexo fazê-los com razoável grau de previsibilidade e acerto.
O mundo está a mudar muito rapidamente e as estruturas políticas e sociais em que, tradicionalmente, se confiava a gestão das mudanças e a adaptação às novas situações, dão sinais cada vez maiores de insuficiência, impotência ou falta de credibilidade para acompanhar a turbulência global e acomodar os novos problemas, gerando descontentamentos que se tendem a anichar no radicalismo e no populismo, na senda do ditame popular que “para grandes males, grandes remédios”.
A história do mundo no primeiro quartel do século XXI coloca-nos perante desafios cuja superação exige respostas à escala global: a urgência do combate às alterações climáticas e a imperativa transição energética; os conflitos armados, antigos e recentes, geradores de crises humanitárias e perturbações na estabilidade dos mercados internacionais; as vagas migratórias crescentes, em diferentes continentes, em si mesmo simultaneamente causa e efeito das inquietações e desesperança das crescentes desigualdades sociais, dos novos focos de pobreza e dos excluídos da sociedade tecnológica e da economia digital.
Conjunturas críticas desta natureza exigem ponderação na análise, equilíbrio na decisão e firmeza na ação. Com decisores credíveis e instituições respeitadas. Ora, os sinais que vemos são opostos a isso. Por cá, como lá fora, a qualidade da classe política degradou-se significativamente nos últimos anos. Os carreiristas, paulatinamente, foram ocupando o lugar dos estadistas. A sobrevivência na espuma do momento mediático e no ranking dos painéis de popularidade tolheu a paciência, engenho e arte de tecer políticas estratégicas de longo prazo. A impreparação e deficiente dimensão ética para a gestão da coisa pública abriu caminho a informalismos, abusos de poder e tráfico de influências. Com a agravante destas coisas tenderem a contaminar o tecido social. Quando o exemplo de topo é fraco, a base tende sempre a afrouxar, perdendo rigor e exigência.
Um pouco por todo o mundo, desde governos a organismos internacionais ou comunitários, assistimos a uma progressiva diminuição da confiança nas instituições e organizações ditas tradicionais e nos seus líderes. Nas sociedades democráticas, o saudável e ponderado escrutínio dos seus agentes vê-se numa espécie de competição desigual com a pressão dos media que, mais que rigor, precisam de notícias em permanente fluxo capazes de aguentar as audiências.
Perante isto, as reações que vamos vendo é a tendência para procurar no extremismo e no populismo respostas imediatas e diferentes ao atual status quo. Ainda há duas ou três décadas acharíamos improvável, se não mesmo impossível, assistirmos a posições e agendas radicais entrarem na órbita do poder em tantos países e regimes democráticos e moderados. Umas com sustentação ideológica bem definida, grande parte delas, contudo, sem grande consistência programática nem coerência global, não se vislumbrando nada de sólido para além de um amontoado avulso de propostas sectoriais que visam agregar com esperança e conforto os diversos descontentamentos e temores sociais e/ou promoção de figuras carismáticas com perfil de personalidade forte e autoritário.
Os sinais que vamos tendo é uma mistura de retórica emocional, demagogia, autoritarismo e até, nalguns casos, megalomania, a ganhar adeptos e influência política e social. A dimensão que esta tendência atingirá e suas consequências não é coisa de fácil previsão. Para já, fiquemo-nos pela constatação que o ano que agora finda voltou a evidenciar. São os sinais dos (novos) tempos…
César Brito
A Feira do Alvarinho de Monção que decorre de 3 a 6 de julho de 2025, no Parque das Caldas, vai, no próximo dia 12 de abril, ser promovida no Mercado do Bolhão, durante o dia, e no Plano B, à noite.
Depois de algumas oficinas de trabalho em torno do linho, da lã e do crochet, a Junta de Freguesia de Mentrestido, com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, dinamizou, no fim-de-semana, um Workshop dedicado ao 'Bolo do Tacho' no novo espaço de preservação do património cultural imaterial local.
O Comando Territorial de Viana do Castelo da GNR, através do Posto Territorial de São Julião de Freixo, deteve um homem de 69 anos, por posse ilegal de armas e de arma proibida, no concelho limiano.
A Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos lançou um concurso público para obras de dragagem e bombagem em Vila Praia de Âncora, Castelo do Neiva, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Angeiras e Esposende.
Este domingo, dia 6 de abril, Viana do Castelo assinala o Dia Mundial da Atividade Física com dois desafios à comunidade: BTT Selfie para explorar a natureza e Jogos Tradicionais para explorar a cidade.
Entre 12 e 19 de abril, Ponte da Barca prepara-se para oferecer uma experiência única que combina tradição, fé e cultura, num trio de encenações que será enriquecido por música ao vivo, figurinos detalhados e iluminação especial.
A Viana TV, com a colaboração de Ricardo Camelo, também se associou às brincadeiras do dia das mentiras e deu como certo o encerramento do Bar Républica, um dos principais locais de diversão noturna de Viana do Castelo, após 14 anos de portas abertas, para dar lugar ao 1º Hostel para Animais. Tudo não passou de uma brincadeira, bem recebida por uns e não tão bem por outros.