Nasci na Ribeira, cresci entre as ruas estreitas, o cheiro do mar e o som das vozes que celebram a Romaria de Nossa Senhora da Agonia. Esta festa sempre foi muito mais do que um simples evento para mim — é parte da minha alma, da minha infância, da minha história. Acompanho-a desde sempre, vivi cada momento, cada emoção, e é com um amor profundo que a defendo, mesmo quando, confesso, há coisas que me incomodam.
Lembro-me de ser criança e ajudar a fazer os tapetes para a Senhora passar. Naquele tempo, usávamos serrim, flores, e as artes de pesca que nos rodeavam. Eram trabalhos manuais, simples, mas cheios de vida e significado. Hoje, os tapetes são feitos de sal, uma tradição que mudou mas que mantém a essência da devoção. Cada passo dado é uma lição de amor à terra.
Como jornalista, nunca faltei para contar ao mundo o que se passa na minha Cidade, na minha Ribeira. É uma honra para mim promover a festa, ajudar a divulgar as nossas gentes e as nossas tradições, dar voz ao que de melhor fazemos aqui. Continuo a fazê-lo, de coração aberto, com orgulho e dedicação, porque sei que a Romaria é um símbolo do que somos.
E são as gentes da Ribeira, especialmente os pescadores e as suas famílias, que são a verdadeira alma da Romaria. São eles que vivem o mar, que enfrentam o frio e o vento, que fazem da sua vida um exemplo de coragem e trabalho. São eles que carregam esta festa nos ombros, que a mantêm viva todos os anos. Valorizar estas pessoas é, para mim, o mais importante.
Hoje, parece que toda a gente quer dizer que é da Ribeira — e isso até me enche o peito de orgulho. Houve tempos em que o nosso bairro era esquecido, desprezado, mas hoje é moda, é identidade, é cultura. Mas é preciso respeitar a essência da Ribeira, respeitar as suas raízes e as suas histórias, porque é isso que torna esta festa única.
Não consigo compreender as críticas à Romaria, sejam elas justas ou não, quando vêm de quem diz amar esta terra. É curioso que sejam os próprios de cá a criticar, enquanto quem nos visita só sabe admirar e valorizar. Essa admiração é a prova de que o que fazemos é especial, autêntico e digno de orgulho — e é por isso que voltam todos os anos, de olhos brilhantes e corações cheios.
Mas a Romaria da Agonia é muito mais do que isso. É a maior romaria de Portugal, e isso só é possível graças a uma organização empenhada. A VianaFestas, os funcionários da Câmara Municipal, as instituições locais, os voluntários incansáveis e todas as pessoas que, nos bastidores, dedicam o seu tempo e esforço para que esta festa aconteça, merecem o nosso maior respeito e gratidão. São eles que enfrentam desafios, coordenam cada detalhe, e garantem que a Romaria corra da melhor forma possível. Claro que, como em tudo, esta organização também tem as suas falhas — ninguém é perfeito e há sempre espaço para melhorar. Mas é essa dedicação e amor pela festa que fazem a diferença.
A Romaria de Nossa Senhora da Agonia não é só uma festa. É um amor que se transmite de geração em geração, uma chama que nunca se apaga. É Viana do Castelo, as Freguesias, e claro, a sua Ribeira a mostrar o seu melhor, a sua alma, o seu coração aberto para o mundo. É a minha terra, é a minha vida, e é com este sentimento que a guardo, defendo e celebro a Romaria de Nossa Senhora da Agonia.
Pedro Xavier, Jornalista.
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