Logo
Nacional

Inquérito revela docentes sobrecarregados com burocracia e preocupados com progressão

31 Julho, 2023 | 14:38
Partilhar
Viana TV
2 min. leitura

A burocracia foi o maior problema sentido no último ano letivo pelos professores ouvidos num inquérito da FNE, que revelam ainda vontade de se aposentar, preocupação com a progressão na carreira e falta de recursos para recuperação de aprendizagens.

O inquérito online da Federação Nacional de Educação (FNE), que decorreu entre 30 de junho e 07 de julho, ouviu 3.482 docentes, mais 30% do que no ano letivo anterior, que trabalham maioritariamente em escolas públicas nas zonas norte, centro e de Lisboa e Vale do Tejo, sendo que quase 80% dos inquiridos tem idades entre os 40 e os 59 anos.

O volume de trabalho administrativo foi o principal problema no ano que terminou para 30,6% dos professores, seguindo-se a avaliação de desempenho (25,4%), o número de alunos com que cada professor teve de trabalhar (11,8%) e a indisciplina na sala de aula (10,8%).

Questionados sobre as suas três principais preocupações relacionadas com a atividade profissional, os docentes apontaram o excesso de trabalho (60,3%), a saúde mental e bem-estar (52,9%), e o comportamento dos alunos (34,4%).

O salário só está entre as principais preocupações de 16,5% dos inquiridos.Não chega a metade do universo dos inquiridos o total dos que se veem a continuar a dar aulas nos próximos cinco anos (45,1%), sendo que 12,7% têm planos para se aposentar durante esse período e 14,5% pretendem aposentar-se antecipadamente.

Quase 10% dos professores admitiram que apenas se veem a continuar no ensino por falta de alternativas.”Esta consulta solicitava também que os respondentes assinalassem o seu nível de preocupação em relação à progressão na carreira e é muito significativo o número dos que se dizem extremamente preocupados, seja em função do nível de ensino, seja em função da idade, seja em função do tempo de serviço. Este nível de preocupação é acentuado nos grupos dos 21 a 30 anos e dos 31 aos 35 anos de serviço”, refere o relatório relativo aos resultados do inquérito.

A preocupação é mais elevada entre os professores com duas e três décadas de tempo de serviço. No universo de respostas, 2.286 docentes revelaram-se “extremamente preocupados” com esta questão, e pouco mais de 200 afirmaram estar pouco ou nada preocupados.

Em relação aos planos de recuperação de aprendizagens, a maioria (77%) diz que estes existem na escola onde trabalham, mas há 10% de inquiridos que afirmam que o seu estabelecimento não definiu qualquer plano de recuperação.

Em relação ao inquérito anterior, aumentou o número de professores que dizem que a sua escola não teve acesso a todos os recursos necessários para implementar estes planos — 41,6% contra os 36,2% no ano letivo de 2021/2022 — e mais de um quarto dos respondentes (27,3%) afirmou que na sua escola, este ano, não foram atingidos os objetivos de recuperação de aprendizagens propostos.

Sobre alunos refugiados ou imigrantes, o relatório aponta que “83,1% dos participantes confirmam que nas suas escolas há alunos refugiados/imigrantes e, na sua maioria, classificam positivamente o apoio dado a esses alunos (53,5%)”.

Quanto às mudanças que mais desejam nas escolas, os professores indicam a redução do trabalho administrativo (32,4%), o respeito pelo horário de trabalho (24%) e a diminuição do número de alunos com que trabalham (18,4%), entre outros.

Quase todos os docentes ouvidos (88,5%) afirmam ter frequentado ações de formação no último ano, mas para mais de metade (51,5%) nenhuma delas foi de capacitação digital e 68% tiveram de pagar a formação. Ainda assim, a maioria dos inquiridos (56,8%) afirma que a formação contribuiu para melhorar o seu desempenho profissional.

A FNE quis ainda saber qual o modelo de gestão das escolas preferido pelos docentes, que apontam o modelo colegial, e não unipessoal, como a preferência de 66,3%.

Programas de Autor

Episódios Recentes Ver Mais

Notícias

Internacional 24 Dezembro, 2025

Tradições de Natal: Presentes

Os presentes de natal são sem qualquer sombra de dúvida uma das maiores tradições de natal. Tendo começado há mais de 10 mil anos (os agricultores trocavam nesta altura o excedente das suas colheitas como forma de celebração do inverno já estar a meio), ainda hoje se mantém, fazendo as delicias de miúdos e graúdos, que deliram na altura de rasgar os presentes.

Internacional 24 Dezembro, 2025

Politécnico de Viana do Castelo oferece cabazes de Natal a estudantes internacionais

Cerca de 80 estudantes internacionais que permanecerão em Viana do Castelo durante a quadra natalícia recebem cabazes de Natal oferecidos pelos Serviços de Ação Social do Politécnico de Viana do Castelo, numa iniciativa que visa promover inclusão, solidariedade e sentimento de pertença.

Internacional 24 Dezembro, 2025

Tradições de Natal: Noite de consoada

A Ceia de Natal envolve muitas tradições populares. Em Portugal, a ceia de natal recebe o nome de consoada sendo celebrada na noite do dia 24 de Dezembro, a véspera de Natal. Esta tradição leva as famílias a reunirem-se à volta da mesa de jantar, comendo uma refeição reforçada. Por ser uma festa de família, muitas pessoas percorrem longas distâncias para se juntarem aos seus familiares.

Regional 24 Dezembro, 2025

Crianças internadas no Hospital de Viana do Castelo vivem momentos de magia natalícia

O Serviço de Pediatria da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) proporcionou às crianças internadas momentos especiais de celebração natalícia.

Internacional 24 Dezembro, 2025

Papa apela a 24 horas de paz no Natal

O Papa Leão XIV manifestou “grande tristeza” pela rejeição, por parte da Rússia, do pedido de trégua de Natal e apelou a que os conflitos armados sejam interrompidos em todo o mundo durante pelo menos 24 horas no dia de Natal.

Regional 24 Dezembro, 2025

Viana do Castelo celebra hoje o Natal com “Moscatel e Banana” no centro histórico

O centro histórico de Viana do Castelo está hoje a viver um ambiente de festa e confraternização com a realização do tradicional evento “Viana, Moscatel e Banana”, que já está a decorrer na Praça da República.

Nacional 24 Dezembro, 2025

APIC alerta para riscos cardíacos no Natal e apela à moderação nos excessos festivos

A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) lançou um novo alerta à população para a importância de manter os cuidados com a saúde do coração durante a época natalícia, um período em que os excessos alimentares e a diminuição da atividade física tendem a aumentar.