O elevador que liga Viana do Castelo ao monte de Santa Luzia, num percurso de 650 metros, o "maior do país", volta hoje a subir e descer até ao santuário com o mesmo nome, para celebrar os 100 anos.
Duas carruagens asseguram, simultaneamente, a viagem de Viana do Castelo até ao monte de Santa Luzia, com 160 metros de desnível e 25% de inclinação média e, de regresso à estação, no centro da cidade.
Em 15 anos de funcionamento, o funicular já transportou mais de 1,6 milhões de passageiros.
“Os passageiros podem usufruir de um verdadeiro observatório vivo, dinâmico. Subindo e descendo conseguimos observar, em movimento, a cidade, o centro histórico, a frente fluvial e atlântica. Uma imagem cénica única que a cidade tem para oferecer a quem a visita”, disse hoje à agência Lusa, o presidente da Câmara, Luís Nobre.
A festa dos 100 anos começa às 18:15, quando os dois equipamentos retomarem as viagens, depois de 10 meses de paragem para trabalhos de reparação e requalificação.
“Por ter sido tão bem cuidado é que tem esta longevidade”, disse o autarca, junto à estação situada no monte de Santa Luzia, onde uma das primeiras carruagens utilizadas a partir de 1923 foi “musealizada” para “proteger o valor patrimonial”, e o “orgulho num ícone da cidade”, e para “demonstrar a importância que, desde o primeiro dia”, o elevador representa para a cidade.
As suas carruagens apresentam-se com uma nova imagem. O amarelo vivo, cor da cidade, que até aqui coloria as carruagens, passou a dourado, pela importância que a filigrana tem para cidade, com apontamentos em branco, e com um desenho do coração de Viana, tão caro no traje regional, como para a cidade que há anos o tornou símbolo de uma frase que entranhou na linguagem dos vianenses: “Quem gosta vem, quem ama fica”.
“Esta nova imagem diz muito das nossas tradições e da nossa identidade”, explicou Luís Nobre.
Propriedade da autarquia desde 2005, que então investiu mais de 2,5 milhões na sua reabilitação, o elevador de Santa Luzia começou a funcionar em 2007.
O município reconhece-lhe o valor histórico e patrimonial por “marcar a chegada da ferrovia” ao concelho, o turístico e a missão de “redução das emissões de carbono em ambiente urbano”.
“Em 15 anos, transportar mais 1,6 milhões de passageiros, evitou que 100 carros, em média, por dia, fizessem o percurso entre dois espaços magníficos da cidade”, destacou.
O equipamento, que leva cerca de oito minutos a completar o percurso de 650 metros, esteve abandonado entre 2001 e 2007.
Antes teve “diferentes modelos de gestão”. A sua exploração chegou a ser feita por privados, depois passou para a CP que, em 2005, acordou a sua transferência para a esfera municipal.
A sua construção deve-se ao empresário e engenheiro portuense Bernardo Pinto Abrunhosa, avô do cantor Pedro Abrunhosa, tendo sido inaugurado a 02 de junho de 1923, pela Empreza do Elevador de Santa Luzia.

Para Luís Nobre, esse é também um indicador histórico da “forte iniciativa” da sociedade civil daquela época.
“Temos outros exemplos. O teatro municipal Sá de Miranda e todo o património edificado mais relevante na cidade. A sociedade civil quis sempre construir e influenciar a evolução da cidade. Património que acabámos por tomar como de todos”, observou.
Com lotação para 25 pessoas, 12 sentadas e 13 em pé, o funicular permite também o transporte de bicicletas para que os ciclistas possam ascender a Santa Luzia e circular nos trilhos de montanha existentes.
O elevador de Santa Luzia dispõe de três fontes de energia diferentes (elétrica, gerador e bateria) e de quatro sistemas de travagem, sendo a segurança precisamente uma das características da renovação realizada.
Aquele equipamento é uma das formas de aceder ao santuário. Do zimbório existente no topo do templo, o ponto mais alto de Viana do Castelo, os visitantes avistam uma paisagem de vários quilómetros.
Além do acesso automóvel, é também possível chegar ao topo de Santa Luzia pelos mais de 700 degraus do escadório, quase paralelo ao elevador.
O jornalista Paulo Julião, natural de Viana do Castelo, foi um dos vencedores dos Prémios Lusa do 3.º trimestre de 2025, distinção atribuída pelo Conselho de Administração da agência noticiosa. O repórter integrou a equipa que assinou um conjunto de trabalhos realizados em Cabo Delgado, Moçambique, durante a última semana de julho.
Três iniciativas nacionais – incluindo duas desenvolvidas na região Centro e uma no Norte – foram distinguidas com os Prémios ODSlocal, que reconhecem projetos exemplares na promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pela Agenda 2030 das Nações Unidas.
O Município de Valença vai aderir à Semana Europeia da Prevenção de Resíduos com uma campanha especial de recolha de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE), a decorrer de 22 a 30 deste mês. A iniciativa pretende mobilizar a comunidade para a deposição responsável de aparelhos elétricos e eletrónicos em fim de vida, promovendo práticas ambientais mais sustentáveis.
O Dia Jubilar da Música 2025, que reúne bandas filarmónicas do distrito e da diocese de Viana do Castelo, sofreu uma alteração de última hora devido às previsões de chuva para domingo, 23 de novembro.
Vila Nova de Cerveira vai receber este sábado, dia 22 de novembro, às 11 horas, a estreia do espetáculo infantil “Faz-me um Resumo”, uma criação de Joana Magalhães encomendada pelas Comédias do Minho. A sessão decorre na Biblioteca Municipal e é de entrada livre, antecedendo apresentações para escolas do concelho entre 24 e 27 de novembro.
Aproveitando o bom tempo que se tem feito sentir, a Câmara Municipal de Caminha está a acelerar várias intervenções de manutenção no exterior dos Paços do Concelho. As equipas municipais encontram-se no terreno a realizar trabalhos de limpeza, reparação e conservação, numa ação que visa melhorar a imagem e a funcionalidade do edifício.
A Biblioteca Municipal de Ponte de Lima volta amanhã a transformar-se num pequeno centro de inovação. Entre as 10h30 e as 12h30, realiza-se mais uma sessão do Laboratório de Robótica e Programação, iniciativa promovida pelo Município com o objetivo de aproximar os mais jovens das competências tecnológicas.