A Disney inspirou-se na Península Ibérica para criar o reino de Rosas no seu novo filme “Wish - O Poder dos Desejos”, que celebra o centenário do estúdio e conta a origem de pedir um desejo a uma estrela, disse a argumentista Jennifer Lee.
A história de “Wish”, que se estreia em Portugal na próxima quinta-feira, passa-se durante o século XIII num reino fantástico fundado pelo Rei Magnífico, com base nas suas regras e filosofia e onde descobriu como realizar os desejos da população.
“Uma das coisas que realmente nos agradou na Península Ibérica é que era uma época em que vinham pessoas de todo o mundo e isso ligava-se de forma inspiradora à história que queríamos contar”, afirmou, em entrevista à Agencia Lusa, a diretora criativa dos estúdios de animação Walt Disney.
“Coincidiu com esta ideia maravilhosa de que as pessoas podiam vir de longe e escolher estar ali”, referiu Jennifer Lee. “Queríamos garantir que sentíamos que as pessoas escolhiam vir porque queriam confiar os seus desejos ao rei”.
“Wish” conta a origem de pedir um desejo a uma estrela, um fio condutor nas histórias clássicas do estúdio. Isso explica porque é que a equipa criativa situou a ação mais cedo que os contos de fadas dos Irmãos Grimm ou Hans Christian Andersen.
O poder dos desejos modelou o personagem do Rei Magnífico, que é visto como o governante benfeitor deste reino mágico.
“É um conceito poderoso, como o medo e o amor. Um desejo é ter um propósito e haverá sempre pessoas que vão explorar isso”, referiu Jennifer Lee.
“Ter alguém que o faz mas que sofreu as feridas de perder os seus desejos quando era jovem tornou-o muito mais complexo”, descreveu a diretora. O Rei Magnífico passa do seu melhor ao seu pior quando se sente desafiado e isso é algo que a protagonista, Asha, desencadeia por acidente.
A adolescente encarna a heroína dos contos de fadas clássicos – alguém normal que começa com otimismo e se vê confrontado com circunstâncias extraordinárias – mas fá-lo de forma original.
“O que a torna completamente diferente, para mim, é que está à beira da idade adulta e identifica algo de errado naquele mundo”, indicou Jennifer Lee. “Quer um mundo melhor para a sua comunidade”.
Esta não é uma jornada em que Asha tem de lutar com um inimigo porque ambos querem a mesma coisa. “Isto é ela a lutar pelo que quer e a inspirar os outros a fazer isso”, considerou a diretora, frisando que a sua perseverança e o tipo de líder em que se transforma são únicos.
O peso do legado da Disney sente-se na estrela que responde ao pedido de Asha. Simplesmente chamada “Star”, é uma personagem silenciosa mas cheia de energia, que parece transportar o espírito de Walt Disney, o fundador da empresa, e do seu icónico personagem, o rato Mickey.
“O Walt foi uma tremenda inspiração”, disse Jennifer Lee. “Mas para mim o que significa mesmo é o que Walt nos deu sobre o que a Disney podia ser: esperança, luz no mundo, possibilidade, admiração, um pouco de magia”.
Essas coisas não podem fazer a jornada por nós, mas podem dar-nos a coragem para a enfrentar, refletiu.
“É isso que a Disney tem sido para nós, essa pequena luz, independentemente do que se está a passar”, continuou. “Vamos ver um filme da Disney e pensamos, se ela consegue, eu também consigo”.
A Estrela é “uma sopa” de tudo o que a Disney significa, bem como do seu fundador. “Penso na ‘Star’ como encarnando todas estas coisas, mas também criativamente ligada ao Mickey, nessa animação da esperança, admiração e possibilidade como parte de um todo”, salientou Jennifer Lee.
O produtor Juan Pablo Reyes Lancaster Jones também frisou essa conexão. “O Walt era cheio de alegria e inspiração e foi uma luz guia para o estúdio. É isso que é a Star”.
Filme que comemora centenário da Disney é “oportuno e intemporal”, diz produtor
“Se fizemos o nosso trabalho, é oportuno e intemporal”, afirmou. “Relevante no momento mas capaz de resistir ao teste do tempo”, continuou. “Uma das coisas que torna os filmes de animação Disney tão maravilhosos é que podem ser vistos repetidamente”.
Inspirado pelos reinos da Península Ibérica no século XIII, como disse à Lusa o realizador Chris Buck, “Wish – O Poder dos Desejos” tem um visual distinto, que procura aludir ao estilo clássico dos filmes desenhados à mão no início da Walt Disney.
“Começámos com o desejo de abraçar o nosso legado e também a nova tecnologia que temos”, explicou Chris Buck. “É o velho e o novo”, referiu. “Por isso, regressámos à ‘Branca de Neve’ e ‘Pinóquio’ e aos seus belíssimos cenários de aguarelas”, contou. “Como um livro de histórias que se abre”.
Agora, com a tecnologia disponível, “podemos entrar nessas ilustrações e mover-nos nelas”. Buck sublinhou a opção pelo formato ‘widescreen’, o que não acontecia desde “A Bela Adormecida” e que, segundo ele, justifica ir ver o filme no grande ecrã.
A mistura de clássico e moderno no visual teve o contributo do artista português Afonso Salcedo, que trabalhou na iluminação e composição de múltiplas cenas. O veterano da Pixar e Disney trabalhou em sequências como a dança das galinhas, o aparecimento da estrela que responde ao desejo da protagonista, Asha, e a noite de realização dos desejos com milhares de personagens na plateia.
É o “ADN da Disney”, disse Chris Buck, a ideia de pedir um desejo a uma estrela e lutar para que se concretize.
“O nosso filme fala do poder de um desejo”, frisou a realizadora Fawn Veerasunthorn. “E não há nada no universo mais poderoso que a energia que temos dentro de nós para perseguir nos nossos sonhos”.
Fawn, que lidera a divisão de Story nos estúdios de animação Walt Disney, trouxe uma perspetiva de nova geração para este filme, trabalhando lado a lado com o veterano Chris Buck e com a criadora e produtora executiva Jennifer Lee, que escreveu a história em parceria com Allison Moore.
“A nossa esperança é que, depois de verem este filme, se as pessoas tiverem sonhos esquecidos, uma vida que se meteu no caminho de fazerem as coisas que gostam, encontrem a coragem, esperança e alegria de perseguirem esse sonho”, disse Fawn Veerasunthorn.
Com canções de Julia Michaels, “Wish – O Poder dos Desejos” tem as vozes em inglês de Ariana DeBose (“Asha”), Chris Pine (“Rei Magnífico”) e Alan Tudyk (bode “Valentino”).
Realizado por Chris Buck e Fawn Veerasunthorn, “Wish – O Poder dos Desejos” tem produção de Peter Del Vecho e Juan Pablo Reyes Lancaster Jones. Foi coescrito por Jennifer Lee e Allison Moore, com canções originais de Julia Michaels.
A estreia está marcada para 23 de novembro nos cinemas portugueses.
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