Os chocolates vão ficar mais caros nos próximos tempos, impactados pelo valor do cacau, mas a diferença ainda não deverá sentir-se nesta Páscoa, com as empresas portuguesas a garantirem que estão a suportar parte dos aumentos.
“O preço do chocolate terá que inevitavelmente aumentar visto que a principal matéria-prima teve nos últimos tempos um aumento exponencial. É impossível aos produtores de cacau absorver o aumento”, afirmou Pedro Araújo, mestre chocolateiro e diretor da marca Vinte Vinte, em resposta à Lusa.
O preço do cacau nos mercados internacionais disparou 150% desde o início do ano e tocou pela primeira vez os 10.000 dólares por tonelada, mas pode ainda não ter atingido o pico.
Este aumento, que vai sentir-se em todos os produtos que têm o cacau como o seu principal ingrediente, não deverá sentir-se já na Páscoa, uma vez que o chocolate “ainda foi feito com o cacau em ‘stock’”, comprado a preços mais baixos.
A Páscoa será um período de alguma apreensão para as empresas que produzem chocolate, uma vez que os consumidores vão ser também afetados pela incerteza dos mercados.
Pedro Araújo antevê que os preços “comecem a subir já no verão”, embora ressalve que o principal aumento deverá ser sentido no outono, “altura em que começa o grande consumo de chocolate”.
A Vinte Vinte lembrou ainda que, durante décadas, o preço do cacau transacionado em bolsa tem-se mantido “muito estável”, enquanto o preço do chocolate para o consumidor cresceu.
“Na realidade, o cacau tem-se mantido anormalmente baixo, originando graves problemas na distribuição de valor ao longo da cadeia. A última vez que o preço do cacau atingiu valores tão altos foi no choque petrolífero da década de 70”, assinalou a empresa de Vila Nova de Gaia.
Por sua vez, a Arcádia, empresa que nasceu no Porto, em 1933, também avisou que o preço do chocolate para o consumidor terá que aumentar, apesar de assegurar que vai suportar parte do aumento dos custos.
“Esta subida de preço tem uma componente na base, por escassez de produto derivado a más colheitas nos produtores, mas tem também outra componente de especulação dos mercados”, sublinhou.
A Arcádia disse ainda que, numa primeira fase, alguns dos seus produtos viram o preço agravado, embora de uma forma moderada.
Contudo, a empresa garantiu estar a monitorizar esta situação, referindo fazer tudo “para minimizar o impacto no consumidor final”.
A empresa espera “uma procura estabilizada” nesta Páscoa, impulsionada pela abertura de sete novas lojas desde o ano passado.
No mesmo sentido, a Imperial, dona de marcas como Regina, Jubileu ou Pintarolas, garantiu estar a fazer um esforço para passar “o mínimo possível dos aumentos nos custos de produção para os consumidores”, garantido também a sustentabilidade do negócio.
“Este esforço é feito com o objetivo de manter os produtos das marcas Imperial acessíveis ao consumidor português num momento tão delicado”, notou o ‘marketing manager’ das marcas da Imperial, Francisco Pinho da Costa.
Para isso, a empresa, além de ter absorvido parte dos custos, tem procurado “mais eficiências e sinergias nos processos produtivos” e desenvolvido novos produtos e formatos.
“Por isso mesmo, e no seguimento desta estratégia, neste momento, é possível encontrar nas prateleiras todos os produtos com a mesma qualidade de sempre, incluindo as incontornáveis amêndoas de Páscoa Regina. Estamos, e continuaremos a estar, ao lado dos nossos consumidores, nestes períodos mais desafiantes, assim como sempre fizemos nos últimos 90 anos”, acrescentou Francisco Pinho da Costa.
A Imperial mantém-se otimista quanto ao consumo na Páscoa, época festiva que representa o momento mais importante para as vendas da empresa, ao pesar 40% do volume de negócios total.
Da fábrica de Vila do Conde, saíram, nesta época, aproximadamente, 400 toneladas de amêndoas.
“O consumo mundial do cacau tem vindo a aumentar nos últimos anos e, apesar do atual contexto, o mercado nacional de chocolates tem vindo a crescer. Falamos de um setor que representa em quantidade 25,3 mil toneladas e 380 milhões de euros em valor, tendo crescido 12% em valor face ao ano móvel (novembro) anterior”, destacou.
A Lusa contactou também a Nestlé, que disse não poder comentar a sua política de preços devido às regras do direito da concorrência.
Ainda assim, fonte oficial da empresa considerou não existir “necessariamente uma relação direta entre a subida de preço de matérias-primas e preços”, uma vez que este depende de muitos fatores.
“Relativamente ao eventual impacto nos preços ao consumidor, cabe-nos esclarecer que o preço dos produtos ao consumidor é determinado pelos retalhistas e não pela Nestlé”, rematou.
O preço dos futuros do cacau para entrega em maio, negociados na bolsa de Nova Iorque, tem vindo a subir desde o ano passado, com esta matéria-prima a atingir na terça-feira novos recordes históricos, ao ser momentaneamente transacionado acima dos 10.000 dólares por tonelada.
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