A Câmara de Caminha aprovou, com os votos favoráveis da maioria socialista e os votos contra da coligação O Concelho em Primeiro (PSD/CDS-PP/Aliança/PPM), um orçamento de 25,8 milhões de euros para 2025.
Na reunião extraordinária do executivo daquele concelho do distrito de Viana do Castelo foi ainda aprovada uma descida do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para 2025, de 0,41% para 0,40%, com os quatro eleitos do PS a votar a favor e a coligação a abster-se por considerar que a autarquia “podia ter ido mais longe”.
O presidente da Câmara, Rui Lages, disse estar em causa um “orçamento amigo das famílias e impulsionador do investimento público”, e Liliana Silva, da coligação, lamentou a falta de ideias ou estratégia, considerando o aumento de despesas correntes como um “ato de desespero eleitoralista”.
Quanto à descida do IMI, o autarca afirmou que, com a descida de 2024 (0,45% para 0,41%) e a de 2025, ficam “nas mãos das famílias 830 mil euros”.
Liliana Silva defendeu ser possível uma descida maior.
Para os prédios urbanos, a taxa mínima de IMI é de 0,3%.
“Não somos aventureiros nas propostas que fazemos. Vamos baixar os impostos sempre dentro das nossas possibilidades e de forma progressiva”, afirmou Rui Lages.
O presidente da autarquia destacou ainda a descida da dívida total do município em 10 milhões de euros entre 2021 e outubro de 2024.
“Continuamos a honrar compromissos assumidos”, sustentou.
A vereadora do PSD/CDS-PP/Aliança/PPM Liliana Silva disse que “Caminha está parada” e o orçamento para 2025 vai trazer “mais do mesmo”.
“É sempre tudo maior, agora é que vai ser, desta vez é que é. Mas neste concelho já percebemos o que estes 11 orçamentos trouxeram para o concelho. Com este orçamento as pessoas vão poder esperar o que esperam há 12 anos”, observou.
O orçamento para 2024 da Câmara de Caminha foi de 23,4 milhões de euros.
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