O artesão Guilhermino Rodrigues constrói réplicas em madeira de famosas catedrais numa oficina, em Vila Pouca de Aguiar, onde corta e cola as milhares de peças que já ergueram a Sagrada Família ou a Basílica de São Pedro.
“O novo projeto é a catedral da Pedra, no Brasil. Este é o meu maior desafio. Fazia mais depressa quatro do Vaticano do que esta”, afirmou o artesão, de 78 anos, à agência Lusa.
Na aldeia da Carrica, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real, Guilhermino Rodrigues tem a oficina onde dá vida à sua forma de arte, usando diferentes tipos de madeiras, e um pequeno espaço a que chama “Museu réplica das catedrais da Europa e América”.
Dentro do seu museu guarda a Sagrada Família (Barcelona, Espanha), a Basílica de São Pedro (Vaticano), as catedrais de São Patrick (Nova Iorque, Estados Unidos na América), de Notre-Dame (Paris, França), de Milão (Itália), do Quito (Equador), de Colónia (Alemanha), do Cristo Redentor (Brasil) e ainda do Mosteiro da Batalha, o seu primeiro projeto.
O artesão espera ver concretizado o projeto do município Vila Pouca de Aguiar para a construção de um espaço museológico ali ao lado, junto à Estrada Nacional 2 (EN2), onde poderão ficar expostas as suas obras de arte.
Replica estes monumentos internacionais através de fotografias dos edifícios e de maquetes, sem nunca os ter visto presencialmente. “Para já nunca vi nenhuma delas ao vivo”, referiu, confessando que gostava de visitar a Sagrada Família e até aperfeiçoar alguns pormenores na sua réplica.
Criou ainda uma igreja da sua autoria e recriou a igreja local de Telões.
Fazer “as coisas mais difíceis e complicadas” é o que o motiva e desafia e, por isso, agora Guilhermino Rodrigues concentra-se na catedral da Pedra.
“Esta arquitetura é totalmente diferente, é quase como se fizesse duas catedrais, faço uma e depois tenho que revesti-la, mas o trabalho tem que ser feito por partes”, referiu.
É como uma espécie de puzzle. O artesão está a construir peças que depois vai montar até concluir o templo religioso que é conhecido pelas diferentes cores de pedra com que as suas fachadas foram construídas.
Para replicar, Guilhermino está a usar madeira de cores diferentes e contou que já fez “cerca de 200 mil peças” que vai, agora, colar para dar vida ao templo religioso.
Na oficina, há madeiras espalhadas e equipamentos que usa como uma serra de fita, um torno, uma lixadora ou um grampo.
O trabalho é dificultado pela artrite reumatoide (doença reumática que afeta principalmente as articulações) que lhe foi diagnosticada aos 50 anos e que lhe afetou as mãos, mas que não o impede de trabalhar.
“Não consigo estar quieto”, confessou à Lusa.
Depois de uma vida dedicada ao trabalho, quer em madeira ou pedra, à construção ou recuperação de igrejas e capelas, em 2011 ouviu o cunhado contar que tinha visto na televisão uma réplica pequena do Mosteiro da Batalha e decidiu que iria fazer uma maior.
“O Mosteiro da Batalha demorou 36 dias a fazer e tem muito rendilhado”, salientou.
Para além das fachadas dos edifícios, dos telhados, torres e cúpulas, o artesão faz também o interior dos templos religiosos, como os altares, naves, arcos e a sua iluminação.
Guilhermino Rodrigues integra a Rota dos Artesãos, um projeto promovido pela Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega (ADRAT), que pretende ser uma “homenagem às mãos criativas que, ao longo de décadas, têm vindo a moldar e a preservar a identidade cultural do território”.
A ADRAT salientou, aquando da apresentação da iniciativa, em abril, que “o artesanato é um testemunho vivo da evolução do engenho humano ao longo dos séculos” e que o Alto Tâmega e Barroso “é rico em manifestações artesanais”.
No projeto, que está em construção, já estão inscritos artesãos de diferentes municípios deste território do distrito de Vila Real.


A poucas horas do Natal e a escassos dias do final de mais um ano, agradecemos a todos pela confiança na Viana TV. Continuamos a ter "Uma nova forma de ver Viana do Castelo".
Embora não seja muito comum nas grandes cidades as famílias com filhos pequenos saírem à rua depois da meia noite, em muitas aldeias de norte a sul do país, a missa do galo continua a ser uma tradição inquebrável.
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A Ceia de Natal envolve muitas tradições populares. Em Portugal, a ceia de natal recebe o nome de consoada sendo celebrada na noite do dia 24 de Dezembro, a véspera de Natal. Esta tradição leva as famílias a reunirem-se à volta da mesa de jantar, comendo uma refeição reforçada. Por ser uma festa de família, muitas pessoas percorrem longas distâncias para se juntarem aos seus familiares.
O Serviço de Pediatria da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) proporcionou às crianças internadas momentos especiais de celebração natalícia.
O Papa Leão XIV manifestou “grande tristeza” pela rejeição, por parte da Rússia, do pedido de trégua de Natal e apelou a que os conflitos armados sejam interrompidos em todo o mundo durante pelo menos 24 horas no dia de Natal.