Logo
Regional

Utentes dos transportes públicos do Alto Minho escreveram ao Presidente da República

24 Janeiro, 2024 | 18:27
Partilhar
Pedro Xavier
3 min. leitura

Utentes dos transportes públicos do Alto Minho escreveram ao Presidente da República (PR) reivindicando “igualdade” com a criação de um “passe de baixo custo” até ao Porto, evitando a subida de 88 para 200 euros mensais na deslocação.

O Grupo de Utilizadores dos Transportes Públicos do Alto Minho alerta que o seu território de origem “é negativamente discriminado no acesso a subsídios governamentais à utilização de transportes públicos, em particular em relação às regiões vizinhas de Porto e Braga”.

Os utentes referem o “caráter excecional da situação de pobreza de mobilidade no Alto Minho, sem paralelo com o resto do país onde, nomeadamente nas cidades das regiões periféricas às áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, existem passes de baixo custo para as deslocações pendulares”.

O documento, enviado na terça-feira a Marcelo Rebelo de Sousa, surge depois de a Câmara de Viana do Castelo reduzir, em janeiro, o apoio “de 67% para 40%” do valor do bilhete para as deslocações feitas pelos seus munícipes entre aquele concelho e o Porto, levando a que os utilizadores diários/frequentes enfrentem um aumento de 100%”.

“Não obstante as reivindicações que nos motivam extravasarem as competências do PR, apelamos ao uso da sua magistratura de influência junto do governo central e da Câmara, no sentido de serem garantidos a estes cidadão os direitos constitucionalmente consagrados de igualdade”, reivindicam.

Os utentes assinalam que as demais alternativas têm valores semelhantes, desde logo o passe mensal ferroviário, com “um custo de 180 euros acrescido de 30 ou 40 euros do passe Andante [para circulação na AMP], o que resulta em 210 ou 220 euros”.

Por outro lado, o “transporte rodoviário em carreira pela Nacional 13 – Viana/Póvoa /Porto – não tem passe e tem um custo de 217,80 euros (22 dias x 2 viagens x 4,95€) acrescido de 30 ou 40 euros do passe Andante [para circulação na Área Metropolitana do Porto]”, o que “resulta em 247,80 euros ou 257,80 euros, respetivamente”.

O mesmo valor resulta da conjugação do transporte rodoviário no trajeto Viana do Castelo/Póvoa de Varzim com o metro a partir da Póvoa até ao Porto, afirma a comissão.

Numa resposta à Presidência da República, a que a Lusa teve acesso, a Câmara de Viana do Castelo esclarece que “existia uma carreira regular Viana-Póvoa-Viana e Póvoa-Porto-Póvoa que foi suprimida após a conclusão dos Concursos Públicos Internacionais para Concessão de Serviço Público de Transporte de Passageiros, quer da CIM Cávado quer da Área Metropolitana do Porto, respetivamente, passando esta carreira a ser efetuada por operadoras distintas e diferentes da anterior”.

“A operadora anterior aos concursos possuía também, e ainda possui, uma carreira “Expresso” Viana-Porto-Viana e permitia aos seus utentes a utilização do passe da carreira regular no Expresso, muito embora às carreiras expresso não seja aplicável a figura do passe”, acrescenta a autarquia.

De acordo com a câmara, “com o fim da exploração da carreira regular deixou de ser viável a utilização do passe”.

A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho revelou na terça-feira que aguarda da Área Metropolitana do Porto (AMP) resposta ao pedido de reunião para avaliar a possibilidade de criar um passe de transporte público rodoviário até ao Porto.

Em dezembro, a CIM do Cávado denunciou que a AMP decidiu acabar com a ligação de autocarro Braga – Porto pela A3 e o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, responsabilizou a CIM do Cávado pelo fim do serviço, alegando que competia à entidade minhota promover a sua continuidade.

As Câmaras do Porto e de Braga acordaram entretanto retomar o serviço.

A autarquia portuense estima gastar cerca de 30 mil euros anuais com o serviço e descontos implementados no autocarro expresso Braga-Porto via A3, nomeadamente para um novo desconto aplicado aos munícipes do Porto, tal como acontecia com os de Braga.

Programas de Autor

Episódios Recentes Ver Mais

Notícias

Nacional 25 Dezembro, 2025

Jovem de Viana do Castelo que lançou apelo nas redes sociais morre no Dia de Natal

Ângela Pereira, jovem de 23 anos natural de Viana do Castelo, faleceu na manhã desta quinta-feira, Dia de Natal, no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto. A sua história tinha comovido milhares de pessoas nos últimos dias, após um apelo urgente por apoio médico partilhado nas redes sociais.

Regional 25 Dezembro, 2025

Luís Nobre participa no “Bananeiro” e serve moscatel a vianenses na véspera de Natal

O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, marcou presença na tradição do “Viana Moscatel e Banana”, mais conhecido como Bananeiro, e não hesitou em servir alguns copos de moscatel aos milhares de vianenses e visitantes que encheram a Praça da República na tarde desta quarta-feira, véspera de Natal.

Internacional 25 Dezembro, 2025

Tradições de Natal: Presépio

Para a grande maioria dos cristãos, o natal significa o nascimento de Jesus. Assim sendo, colocar o presépio por debaixo da árvore de natal é uma das tradições de natal mais comuns. O mesmo recria o nascimento do menino jesus num estábulo.

Regional 25 Dezembro, 2025

Viana do Castelo assinala 25 anos do encalhe do navio Coral Bulker

Hoje assinalam-se 25 anos desde o encalhe do navio de carga Coral Bulker à entrada do porto de Viana do Castelo, um dos maiores acidentes marítimos da costa norte portuguesa.

Internacional 25 Dezembro, 2025

Tradições de Natal: Meias na chaminé

Reza a lenda, que há muitos muitos anos, um homem da nobreza, muito desgostoso pela morte da sua mulher, terá gasto todo o seu dinheiro, deixando as suas 3 filhas sem nada.

Internacional 24 Dezembro, 2025

Feliz Natal

A poucas horas do Natal e a escassos dias do final de mais um ano, agradecemos a todos pela confiança na Viana TV. Continuamos a ter "Uma nova forma de ver Viana do Castelo".

Internacional 24 Dezembro, 2025

Tradições de Natal: Missa do Galo

Embora não seja muito comum nas grandes cidades as famílias com filhos pequenos saírem à rua depois da meia noite, em muitas aldeias de norte a sul do país, a missa do galo continua a ser uma tradição inquebrável.