Utentes dos transportes entre Viana do Castelo e o Porto criticaram hoje a “incapacidade” da Comunidade Intermunicipal se articular com a Área Metropolitana para criar um “passe único”, evitando a subida de 88 para 200 euros mensais na deslocação.
Em comunicado, a comissão de Utentes de Transportes Públicos do Alto Minho lembra que a Câmara de Viana do Castelo reduziu em 2024 o apoio “de 67% para 40%” às deslocações entre aquele concelho e o Porto, levando a que os utilizadores diários/frequentes enfrentem um aumento de 100%”.
Em declarações à Lusa, o porta-voz dos utentes, Tiago Bonito, defendeu que a autarquia de Viana do Castelo devia continuar a apoiar as deslocações enquanto não houver uma linha de serviço público para o Porto, numa “solução conjunta” com a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado e a Área Metropolitana do Porto (AMP).
“O cidadão, eleitor, utente do transporte público, não tem que saber de quem são as responsabilidades quanto aos apoios. As câmaras que integram as CIM, as Áreas Metropolitanas, as Autoridades de Transportes são quem tem de fazer o seu trabalho”, defendem os utentes.
Para a comissão, a “excecionalidade” do apoio da Câmara de Viana do Castelo, referida pela vereadora da Mobilidade, “resulta da incapacidade de a CIM Alto Minho – de que a Câmara de Viana do Castelo é um dos principais atores – se articular com a CIM Cávado e a AMP e criarem um passe único multimodal que permita a circulação entre as referidas regiões”.
“A Câmara de Esposende continua a apoiar os seus utilizadores de transporte público rodoviário, mantendo o custo mensal em 88 euros”, destacam.
Os utentes do Alto Minho revelam que solicitaram uma nova reunião à vereadora da Mobilidade da Câmara de Viana do Castelo, tendo recebido como resposta uma manifestação de disponibilidade para o encontro, mas com a salvaguarda de que a autarquia “não tem a intenção de alterar a posição já assumida”.
A comissão assinala ainda que a vereadora referiu a oferta de outras alternativas de transporte público sem perceber que o passe mensal ferroviário “tem um custo de 180 euros acrescido de 30 ou 40 euros do passe Andante [para circulação na AMP], o que resulta em 210 ou 220 euros”.
Por outro lado, o “transporte rodoviário em carreira pela Nacional 13 – Viana do Castelo/Póvoa de Varzim/Porto – não tem passe e tem um custo de 217,80 euros (22 dias x 2 viagens x 4,95 euros) acrescido de 30 ou 40 euros do passe Andante”, o que “resulta em 247,80 euros ou 257,80 euros, respetivamente”.
O mesmo valor resulta da conjugação do transporte rodoviário no trajeto Viana do Castelo/Póvoa de Varzim com o metro a partir da Póvoa até ao Porto, afirma a comissão.
Os utentes do Alto Minho dizem que entre os viajantes frequentes estão “trabalhadores, estudantes, investigadores, doentes oncológicos”, abrangendo cerca de 50 pessoas.
“Diz o ‘slogan’ da cidade [de Viana do Castelo] que ‘Quem gosta vem, quem ama fica’. Está cada vez mais difícil”, observam.
A 09 de janeiro, a CIM do Alto Minho solicitou uma reunião de trabalho técnico à AMP para avaliar ajustamentos de tarifário e soluções complementares do transporte rodoviário entre Viana do Castelo e o Porto.
No mesmo dia, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, disse que a CIM do Alto Minho vai estudar com a congénere do Cávado e a AMP a criação de um único bilhete para o transporte rodoviário entre a Viana do Castelo e o Porto.
O ano de 2026 arranca em Viana do Castelo com energia e espírito desportivo graças à já tradicional Free Running da “Ressaca”, marcada para as 10h00 do dia 1 de janeiro.
Assinala-se hoje o quarto aniversário da morte de Francisco José Torres Sampaio (1937–2021), personalidade incontornável da vida cultural e turística do Alto Minho, amplamente reconhecido como o “Senhor Turismo” da região.
A Romaria em Honra de Nossa Senhora da Agonia voltou, em agosto de 2025, a colocar Viana do Castelo no centro das maiores manifestações religiosas e culturais do país, reunindo milhares de fiéis, visitantes e turistas numa celebração que cruzou fé, identidade e tradição popular.
O centro histórico de Viana do Castelo é hoje palco de uma edição especial de fim de ano do tradicional evento “Viana, Moscatel e Banana”, que promete animar vianenses e visitantes ao longo de todo o dia, na Praça da República, entre as 10h00 e as 20h00.
O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, rejeitou esta terça-feira qualquer ilegalidade na revisão orçamental aprovada pelo executivo socialista, garantindo que o procedimento adotado respeita a lei e não desrespeita a Assembleia Municipal.
Os céus de Viana do Castelo vão ser cortados esta quarta-feira pelo som característico dos F-16M da Força Aérea Portuguesa. A passagem está marcada para as 10h28 e integra o último treino operacional do ano, que garante a qualificação dos pilotos militares.
O tradicional evento “Viana, Moscatel e Banana” conta, este ano, com uma edição especial de Ano Novo, a realizar-se esta quarta-feira, 31 de dezembro, na Praça da República, no centro histórico de Viana do Castelo, entre as 10h00 e as 20h00.