Dois em cada 10 proprietários (21,4%) não aumentaram a renda pelo coeficiente de 6,94% permitido este ano por lei e 10% manteve-a por considerar qualquer subida incomportável, segundo um barómetro da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP).
De acordo com a VII edição do barómetro “Confiança dos Proprietários” da ALP, cerca de um terço dos respondentes não aplicou o aumento de 6,94% porque tem contratualizado por mútuo acordo outro coeficiente anual no contrato de arrendamento, enquanto 14% de inquiridos preferiram atualizar a renda noutro valor percentual “por entenderem que o coeficiente apurado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para 2024 poderia colocar os seus inquilinos em incumprimento”.
“Apesar de permanentemente diabolizados na opinião pública, 10% destes senhorios mantiveram a renda inalterada, por considerarem que qualquer aumento que fosse seria incomportável para os agregados de arrendatários”, enfatiza a associação.
Por sua vez, 9% de respondentes decidiram não fazer qualquer aumento “por terem atualmente um rendimento que lhes permite ter uma vida confortável, sem necessidade de retirar poder de compra aos inquilinos”.
Segundo a ALP, nesta edição do barómetro houve “dois fenómenos que ganharam terreno e revelam falta de confiança no mercado de arrendamento ao longo do ano passado”, atribuída pela associação à “instabilidade provocada pelo pacote ‘Mais Habitação’”: A venda pelos senhorios de casas que tinham no arrendamento e o aumento do incumprimento no pagamento das rendas.
“Praticamente 9% dos respondentes afirmam ter vendido imóveis que estavam afetos ao arrendamento tradicional”, nota, acrescentando que “a estes juntam-se quase 6% de senhorios que revelam ter transferido imóveis que estavam colocados no arrendamento tradicional para o arrendamento de curta duração”, nomeadamente para o alojamento a estudantes ou a profissionais estrangeiros ou nómadas digitais.
A associação refere ainda que metade (50%) dos respondentes apontam o imobiliário e arrendamento como mercados com margens cada vez menos atrativas, enquanto 43% considera que são mercados “burocráticos e difíceis de entender” e 29% indica que é um investimento que exige custos operacionais excessivos.
Ainda assim, para quase um quarto dos respondentes (24%) é um mercado rentável e seguro para investir.
Apesar da reformulação dos programas de arrendamento acessível e da criação de programas como o “Arrendar para Subarrendar”, no âmbito do pacote “Mais Habitação”, as respostas recolhidas pelo barómetro da ALP indicam que apenas 2% dos inquiridos celebraram contratos ao abrigo destes programas.
Do barómetro resulta ainda que quase um quarto dos senhorios (23,6%) reporta casos de incumprimento do pagamento de rendas pelos inquilinos no final do terceiro trimestre deste ano, sendo que 30% têm mais de meio ano de rendas em atraso e 28% de dois a três meses.
Ainda assim, segundo a ALP, menos de metade dos senhorios (48,7%) que regista incumprimento contratual pondera instruir um despejo e, daqueles que não vão recorrer à justiça para reclamar o pagamento, a maior parte (25%) aponta como justificação o facto de ser um processo demorado e com mais custos do que o valor em dívida.
Para 18% dos proprietários, a resolução passa pela via extrajudicial, enquanto 15,6% diz compreender a situação económica e social que atravessam os arrendatários, 17% acredita que a justiça favorece sempre os inquilinos e 4% afirma não ter meios para aceder à justiça.
Questionada sobre qual deve ser a primeira medida a adotar pelo novo Governo, que hoje toma posse, 20% dos proprietários aponta a questão do congelamento das rendas (que afeta os contratos anteriores a 1990) e 15,8% diz que apenas querem ser vistos pelo executivo como “parceiros” e não como “inimigos”.
A promoção de um “choque fiscal”, com uma diminuição considerável da fiscalidade sobre o património imobiliário, é a terceira medida mais reclamada pelos proprietários de imóveis na VII edição do Barómetro da ALP, que recebeu mais de meio milhar de respostas e foi desenvolvida entre 14 e 22 de março.
Com organização do Grupo Folclórico da Casa do Povo de Barbeita, a 39ª edição do “Folk Monção – O Mundo a Dançar” sobe ao palco entre 2 e 11 de agosto, contando com espetáculos em 8 concelhos do Alto Minho e 1 da Galiza, protagonizados por grupos vindos de Colômbia, Coreia, Espanha, México, Panamá, Sérvia, Taiwan, Uruguai e Portugal.
O Presidente da República condecorou o cantor Tony Carreira com o grau de comendador da Ordem do Infante D. Henrique, em Paris, elogiando a sua ligação às comunidades emigrantes e considerando-o um símbolo da diáspora portuguesa.
A 16ª edição da Feira dos Petiscos de Ponte de Lima regressa no fim de semana de 9 a 11 de agosto, na Expolima.
Os Serões N' Aldeia regressam a Friestas, Valença, até 30 de julho, com artesanato, gastronomia e muita animação cultural, no Parque da Freguesia.
O Município de Vila Nova de Cerveira vai realizar, nos dias 11 e 12 de setembro, o habitual passeio sénior, dividido em dois grupos (um por cada dia), a Santa Maria da Feira, com visitas guiadas à zona histórica da cidade, ao Museu de Lamas e à Igreja Matriz de Lóios. Os interessados devem inscrever-se na respetiva junta de freguesia até ao dia 16 de agosto.
O ciclista argentino Nicolás Tivani (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho) venceu ao sprint a segunda etapa da 85.ª edição da Volta a Portugal, na chegada a Lisboa, enquanto o suíço Colin Stüssi (Vorarlberg) manteve a liderança da geral individual.
Os três responsáveis dos municípios que constituem a “Eurocidade da Foz do Minho” reuniram-se em Caminha.