A Viana TV foi falar com Luís Sottomaior Braga, professor de história do 2º ciclo, que está em greve de fome, há 2 dias e 20 horas, com a garantia de não haver previsão para terminar este protesto e ir até ao "limite".
Luís Sottomaior Braga, revelou que esta “luta” não é feita de forma solitária apesar de ser o único docente acampado em forma de protesto junto da escola secundária de Santa Maria Maior, em Viana do Castelo.
“A luta está a ser feita com um grupo. Eu não conseguiria gerir a minha vida hoje sem essas pessoas. São elas que me arranjam a água…há pessoas a ficar aqui à noite a dormir comigo…portanto essas pessoas também estão a penar porque me estão aqui a ajudar e também tem de se revezar para eu ter apoio 24 horas. São colegas, professores, que me ajudam a que este protesto possa produzir o efeito que se pretende. Este protesto não visa só chamar à atenção do problema, o protesto visa que haja uma reflexão, também da opinião pública para o que está a acontecer. Nós não estamos a lutar meramente por questões salariais, estamos a lutar pela nossa vida.” afirma.
Relativamente à sua situação profissional, o professor admitiu sentir-se “privilegiado” quando comparado a outros colegas docentes, visto estar no 4º escalão, ser subdiretor e como tal ganha um “bocadinho mais” do que os restantes colegas no mesmo escalão, ainda com a vantagem de não estar deslocado. “Estou na minha própria cidade, na minha própria terra o que é sempre uma vantagem” concluiu.
Sendo esta uma luta, com cerca de 6 meses, de todo o corpo docente, Luís Braga deu o exemplo de muitos professores que ganham 1200 euros e com esse mesmo salário, com o respetivo salário do conjugue, são “obrigados a ter de pagar duas casas, criar os filhos, pagar as despesas e manutenções de dois carros e deslocações, Braga garante que muitos destes colegas nestas situações difíceis, “estudaram muito mais do que alguns membros de gabinete de alguns ministros, e tem uma vida muito mais complicada.
Quando confrontado com esta medida de greve de fome, Luís assume ser uma medida “bastante pesada” por não estar em causa a discussão e correção sobre uma alínea de um contrato de trabalho. “Nós estamos a lutar pelo futuro dos professores, pela sua vida”.
“Neste momento eu não estou com a minha vida em causa, estou sim com a minha saúde. Há naturalmente um risco em ter tomado esta decisão, mas tendo a consciência que antes de iniciar esta greve de fome era uma pessoa saudável. Eu daqui só saio para o hospital, porque de uma forma ou de outra vou mesmo ter que lá ir (hospital). Consequência de uma escolha que eu fiz”, sustentou o professor.
Em discussão estiveram também as novas medidas, soluções e regras “gravosas” nos concursos, “o poder de desenrasque” quando confrontados com uma pandemia e aulas para lecionar. “Os nossos políticos vivem completamente alheados da realidade, vivem num mundo que não é o mundo das pessoas comuns, e eu no fundo sou uma pessoa comum”, afirma Luís, sereno apesar da condição que vive, por opção, privado de comida.
“O que está a acontecer, é que o Governo não quer saber disto para nada e ignora as pretensões e reivindicações”, lamentou o professor, que apesar da greve de fome já durar há mais de 48 horas, se encontra bem disposto e otimista nesta forma “agressiva” de protesto.
O professor comentou e comparou ainda a situação atual da TAP onde sustenta que se “se fizesse uma comissão de inquérito para saber dos problemas da Educação em Portugal, provavelmente íamos ficar mais estarrecidos do que estamos com a comissão de inquérito da TAP, porque iriamos descobrir coisas muito piores com um efeito muito pior sobre a nossa vida do que aquilo que são os problemas da TAP. Gravíssimos, como nos estão a mostrar…às tantas é preciso que o pais comece a acordar para isso”.
Com as horas a passar e privado de comida por tempo incerto, Luís Braga, mostra-se com dúvidas no Governo, porém mantém a esperança que o Presidente da República “faça alguma coisa, nomeadamente na questão dos concursos, em que ele tem um poder efetivo, porque o diploma dos concursos ainda não é lei e está à espera de ser promulgado pelo Presidente da República e para tal ele tem de concordar”.
A conversa terminou com o reforço da “ideia” de que não há tempo previsto para terminar este protesto com a garantia de que Luís vai até ao limite das suas forças, ou seja, se “necessário chamar uma ambulância para me retirar daqui”, porém, “estou bem apesar de sentir, em termos físicos, algum cansaço”.
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