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Politécnico de Viana do Castelo “com papel fundamental” na criação de ecossistema para a inovação no Alto Minho

12 Janeiro, 2023 | 17:59
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Eduarda Alves
5 min. leitura

Foi apresentado, esta quarta-feira, o PAT.tech, o novo modelo de transferência de conhecimento do Instituto Politécnico de Viana do Castelo para o tecido económico, social e industrial. O Instituto Politécnico de Viana do Castelo assume-se, desta forma, como um dos principais impulsionadores para a criação de um ecossistema visando a inovação e o desenvolvimento tecnológico do Alto Minho.

O Instituto Politécnico de Viana do Castelo assume-se como um dos proponentes fundamentais da região para a criação de um ecossistema com vista à inovação e ao desenvolvimento de tecnologia no Alto Minho. E foi a pensar nesta missão do IPVC que foi apresentado, esta tarde, o PAT.tech, o novo modelo de transferência de conhecimento do Politécnico de Viana do Castelo para o setor económico, social e industrial.

“Potenciar, Aproximar e Transferir Tecnologia e Conhecimento Científico” entre a academia e o tecido económico, social e industrial, é esta a premissa que fundamenta o surgimento do PAT.Tech, projeto que nasce de uma colaboração entre o Politécnico de Viana do Castelo e o CiTin – Centro de Interface Tecnológico Industrial, recentemente reconhecido pelo Ministério da Economia como Centro de Tecnologia e Inovação, único em toda a região do Alto Minho.

Consolidar a cultura de inovação e colocar o conceito de patenteação na ordem de trabalhos

Diante de um auditório com perto de duas centenas de pessoas, entre investigadores, docentes, estudantes e empresários, o presidente do Politécnico de Viana do Castelo, Carlos Rodrigues, defendeu que “o IPVC, pela sua especificidade com enfoque na produção de conhecimento, tem um papel e uma responsabilidade especiais na produção de um ecossistema capaz de criar investigação e inovação, que responda às necessidades, em especial, do Alto Minho, com vista aos objetivos últimos de desenvolvimento da região e de produção de riqueza”. Neste sentido, o PAT.tech surge com os propósitos de consolidar a cultura de inovação, colocar o conceito de patenteação na ordem de trabalhos e tornar mais efetiva a transferência de conhecimento para a sociedade.

Carlos Rodrigues explicou, ainda, que o lugar que hoje o Politécnico de Viana do Castelo assume como interlocutor na sociedade é alavancado por uma série de fatores que diferenciam o próprio IPVC. O presidente do Politécnico de Viana do Castelo deu o exemplo das quatro Unidades de Investigação, que hoje compõem o IPVC, duas delas acreditadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) – CISAS e ProMetheus – e duas – ADiT-LAB e o SPRINT – com condições para avançar com tal acreditação num futuro próximo.

O Instituto Politécnico de Viana do Castelo tem também três unidades participadas, o in.cubo, o CiTin e o DataCoLAB, e é a quinta instituição politécnica com mais artigos publicados SCOPUS. Além disso, tem, anualmente, cerca de 90 projetos de empreendedorismo realizados por alunos. “Todos estes indicadores tiveram propósitos internos, como a acreditação de cursos ou a avaliação institucional, mas também resultaram em parcerias que contribuem para o ecossistema de inovação do Alto Minho”.

“Continuarmos a caminhar para tornar este território ainda mais atrativo e competitivo”

O presidente da Câmara Municipal de Viana do castelo, Luís Nobre, deixou a certeza de que a colaboração institucional entre o município e o IPVC continuará a ser uma realidade: “Deixo a segurança absoluta de que continuarmos a caminhar para tornar este território ainda mais atrativo e competitivo”. O autarca afirmou, ainda, que o PAT.tech se assume como importante para “atrair novos agentes e despertar para a receção de outros domínios, num território que se quer diferenciado”.

A sessão de apresentação do novo modelo de transferência de conhecimento entre o IPVC e tecido económico, social e industrial contou também com a presença do presidente da CIM do Alto Minho, Manoel Baptista, que elogiou o trabalho que tem sido feito pelo Politécnico de Viana do Castelo no território, com expressão em vários municípios do Alto Minho, acreditando que projetos como o PAT.tech poderão permitir ao IPVC “agarrar e responder às necessidades de uma região com um crescimento pujante e evidente na produção e exportação de riqueza”. Manoel Baptista destacou não só a área da tecnologia, mas também as áreas da economia do mar, da produção de energia ligada ao mar e o setor agroalimentar como segmentos nos quais a inovação poderá ter um impacto ainda maior na região.

O PAT.tech nasce de uma colaboração entre o Politécnico de Viana do Castelo e o CiTin, que terá um papel destacado a vários níveis: “É um parceiro privilegiado para as empresas no acesso a financiamento, que irá atuar com o objetivo de criar uma plataforma de entendimento entre a academia e as empresas”, explicou o diretor-geral do CiTin, Sérgio Ivan Lopes.

A UGP-IPVC será o ponto de contacto único para todos os assuntos relacionados com a Propriedade Intelectual

A Unidade de Gestão de Projeto (UGP-IPVC) será “o ponto de contacto único para todos os assuntos relacionados com a Propriedade Intelectual e com a valorização do conhecimento gerado na Instituição”, afirmou o pró-presidente do IPVC para a Investigação, Desenvolvimento, Inovação e Tecnologia, Luís Paulo Rodrigues, explicando que a UGP-IPVC terá a missão de “incentivar e consciencializar os investigadores a divulgarem as suas invenções e a estabelecerem uma cultura organizacional, que promova a transferência de tecnologia e faça a ponte entre a invenção e a comercialização”. Caberá também à UGP-IPVC “mediar e negociar entre as partes envolvidas no processo de comercialização (inventores e empresas) e nos processos de licenciamento com os futuros licenciados”. Ao mesmo tempo, ficará responsável pela construção de “um forte portfólio de Propriedade Intelectual”, fomentando a criação de spin-offs e start-ups.

A sessão contou, ainda, com intervenções da coordenadora do B.ACIS – Centro de Inovação em Saúde da Escola de Medicina da Universidade do Minho, Marta Catarino, de Miguel Taborda, da Deloitte, e de Eduardo Bacelar Pinto, da ANI – Agência Nacional de Inovação.

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