A elódea, uma planta infestante presente “em grande escala” no rio Minho, “bloqueia completamente” as redes de pesca do sável e da lampreia, impossibilitando o trabalho dos pescadores, revelou a associação de profissionais de pesca.
Esta planta aquática “está presente no rio Minho em muito grande escala. Prejudica muito as atividades da pesca, sobretudo do sável, da lampreia ou da solha. Ficamos com as redes completamente tapadas, bloqueadas”, descreveu Augusto Porto, da Associação de Profissionais de Pesca do Rio Minho e Mar.
Em causa está “uma alga que se solta e se enrola nas redes de pesca do sável e da lampreia”, tornando o trabalho dos pescadores “impossível”, disse.
“Uma arte de pesca podia trabalhar o dia inteiro, mas quando encontramos esta alga gastamos uma, ou duas, ou três [artes de pesca], e mesmo assim não conseguimos trabalhar”, lamentou, explicando que esta flora infestante “parece uma corrente e emaranha a rede toda”.
De acordo com o pescador, a invasora “concentra-se mais a montante do rio Minho, mas, com as correntes ou tempestades, acaba por interferir em todo o leito do rio”.
Augusto Porto afirma que se “tem posto a questão” da necessidade de retirar as elódeas do rio Minho, mas admite que o facto de a alga existir “em tão larga escala” dificulta a ação.
“Deviam ser retiradas, mas o ideal seria como estão a fazer no rio Mondego com outro tipo de espécie invasora, que era tirar do rio através de uma trituração da alga”, observou.
Para a bióloga e ambientalista Ana Lages, a elódea é a planta infestante que mais preocupa no rio Minho, porque está muito disseminada e afasta os peixe nativos, atrai espécies invasoras e afeta as pescas.
“As elódeas são a espécie de invasoras aquáticas mais preocupante no rio Minho, porque está mesmo muito disseminada e praticamente em todos os rios e ribeiros do Alto Minho”, indicou a especialista, que faz parte da Corema, uma Organização Não Governamental de Ambiente (ONGA) com sede em Caminha, no distrito de Viana do Castelo.
Ana Lages esclarece que esta planta infestante “começa a crescer, forma mantos e torna os rios praticamente intransitáveis”, para além de os deixar pouco atrativos para “as espécies de peixes nativas, que gostam de águas mais movimentadas e oxigenadas e deixam de frequentar essas zonas”.
A espécie propaga-se “através de pequenos fragmentos” e retirá-la sem um trabalho técnico especializado pode provocar maior propagação, assinala.
“Se a puxarmos, se calhar estamos a fazer pior, porque esses fragmentos podem espalhar-se pelo rio até que encontrem novo local para se instalar e propagar-se mais”, observa.
A bióloga admite que travar a infestação seja possível, mas desconhece que tenha sido equacionada.
“Pode haver algo a fazer, mas implica muitos custos e uma intervenção muito bem gerida e planeada, envolvendo muita maquinaria e muitos recursos humanos. É muito dispendioso e muito trabalhoso. Como ainda por cima está dentro de água é complicado”, assinala.
Para a especialista, não é possível atribuir à invasora a responsabilidade única pelo decréscimo de algumas espécies de peixes no rio Minho.
“Num rio dinâmico existem vários fatores de influência: sobrepesca, poluição, mexer nas areias”, explica.
Contudo, “as espécies de plantas invasoras não ajudam nada”, ressalva.
“O sável, a solha, a truta e mesmo o robalo, que é de água salgada mas entra no rio Minho, gostam de água movimentada, oxigenada. Se não tiverem essas condições, deixam de lá estar”, refere.
Os pescadores, “que antes iam até determinadas zonas para apanhar essas espécies, já não o fazem”, porque, “em vez de apanharem espécies nativas, apanham espécies não nativas e algumas invasoras, como é o caso da carpa e do achigã”, indica.
Ana Lages revela que, em Vila Nova de Cerveira, na praia fluvial da Lenta, existia uma marina muito utilizada na pesca desportiva, onde alguns pescadores até colocavam redes, mas que “neste momento está intransitável” devido à infestação.
As inscrições para o Mercado de Natal de Viana do Castelo encerram esta segunda-feira, 24 de novembro. A iniciativa, promovida pela Câmara Municipal de Viana do Castelo e pela Vianafestas no âmbito da programação “Viana Coração do Natal”, volta a animar a cidade entre 5 e 23 de dezembro.
O Tribunal de Trabalho de Viana do Castelo iniciou na quinta-feira, 20 de novembro, o julgamento do processo movido, em 2014, por antigos trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), que contestam o despedimento coletivo que marcou o encerramento da empresa pública. A ação, que começou com 12 autores e hoje envolve oito, tornou-se um dos processos laborais mais extensos da região, acumulando já 13 volumes.
A Câmara Municipal de Caminha anunciou que já tem garantido financiamento comunitário para duas intervenções prioritárias: a recuperação da praia de Moledo e o desassoreamento do rio Minho.
A Senhora do Minho, em Viana do Castelo, foi palco de uma operação de fogo controlado destinada à renovação de pastagens e à gestão preventiva do território. A ação contou com a presença dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo, que integraram uma vasta equipa de entidades envolvidas na defesa da floresta e na proteção civil.
O Projeto Bem Comum terminou este sábado dois anos de intervenção focada na valorização e gestão sustentável dos baldios do Norte do país, numa sessão realizada na Escola Superior Agrária do Politécnico de Viana do Castelo (IPVC). O encontro reuniu comunidades, autarcas e representantes de entidades públicas, destacando o papel da academia na capacitação local e na criação de soluções aplicadas ao território.
A Casa da Cultura de Ponte da Barca recebe, no próximo dia 28 de novembro, às 21h00, a conferência “Qual o Futuro para o Lobo – A Importância do Restauro Ecológico”, inserida na iniciativa “Reais Conversas com…”, promovida pela Real Associação de Viana do Castelo, com o apoio do Município de Ponte da Barca.
O presidente da Câmara de Paredes de Coura, Tiago Cunha, foi recentemente cooptado para integrar a Comissão Executiva do Turismo do Porto e Norte de Portugal.