O pensamento único na sociedade atual refere-se à prevalência de uma única perspetiva dominante, uma visão de mundo ou conjunto de ideias que é amplamente aceite e difundido, muitas vezes de forma indiscriminada.
Esse fenómeno pode ocorrer por uma variedade de razões: A influência dos média; pressão social; conformidade cultural e políticas governamentais. Embora o pensamento único possa parecer/oferecer uma sensação de coesão e uniformidade, ele pode ser profundamente destrutivo e é nesse sentido que pretendo destacar/opinar em cinco ideias principais: Supressão da diversidade de ideias, onde o pensamento único tende a suprimir vozes dissidentes e perspetivas alternativas, criando uma atmosfera onde a pluralidade de ideias é desencorajada ou até mesmo reprimida. Isso limita a criatividade, a inovação e a capacidade de resolver problemas de maneiras novas e eficazes; Estagnação intelectual e cultura: quando apenas uma ideologia ou conjunto de crenças é promovido, há um risco de estagnação intelectual e cultural. Novas ideias e abordagens podem ser descartadas sem consideração, impedindo o progresso e a evolução da sociedade; Falta de pensamento crítico: num ambiente de pensamento único, as pessoas podem ser menos propensas a questionar ou desafiar as ideias predominantes. Isso pode levar à complacência intelectual e à falta de pensamento crítico, deixando a sociedade vulnerável a erros, manipulação e abuso de poder; Intolerância e polarização: o pensamento único muitas vezes leva à intolerância em relação a pontos de vista diferentes, criando divisões sociais e políticas profundas. Isto pode resultar em polarização, conflito e até mesmo a violência entre grupos com diferentes perspetivas. E por fim a Perpetuação de injustiças e desigualdades: quando uma única ideologia ou sistema de crenças domina, há um risco de que as injustiças e desigualdades existentes sejam perpetuadas e até mesmo justificadas. Isso pode dificultar a promoção da justiça social e a proteção dos direitos das minorias.
Assim, é meu entender que para combatermos o pensamento único e seus efeitos negativos, é essencial promover a diversidade de ideias, incentivar o pensamento crítico e cultivar um ambiente onde diferentes perspetivas sejam valorizadas e respeitadas. Isso pode ser alcançado através da educação, do diálogo aberto e da promoção da liberdade de expressão. Ao reconhecer e celebrar a diversidade de pensamento, podemos construir uma sociedade mais inclusiva, dinâmica e resiliente. É por isso deveras importante resistir ao pensamento único, questionar narrativas dominantes e promover a diversidade de perspetivas para um entendimento mais completo da sociedade e do mundo. O Sociólogo e um dos principais arquitetos das ciências sociais, Emile Durkheim dizia que: “O conformismo é uma espécie de auto-preservação da mente humana. Assim como a saúde do
corpo depende da capacidade de resistência às doenças que a atacam, também a saúde da mente depende da capacidade de resistência ao pensamento único.”
Assim, é cada vez mais importante e fundamental promover a diversidade de perspetivas para alcançar um entendimento mais completo da sociedade e do mundo em que vivemos. Cada indivíduo traz consigo uma bagagem única de experiências, valores e visões de mundo que são moldadas por uma série de fatores como cultura, educação, contexto socioeconómico, género, etnia, religião e orientação sexual.
Ao reconhecer e valorizar essa diversidade de perspetivas, abrimos espaço para uma troca rica de ideias e experiências, que enriquecem o nosso entendimento coletivo e nos permite ver além das nossas próprias vivências. Em vez de nos limitarmos a uma única narrativa ou ponto de vista, somos assim desafiados a considerar diferentes ângulos, questionar as nossas próprias suposições e expandir os nossos horizontes.
A promoção da diversidade de perspetivas também é essencial para combater preconceitos e estereótipos, uma vez que nos permite desafiar noções simplistas e generalizações injustas sobre grupos de pessoas. Ao ouvir e valorizar as vozes marginalizadas e sub-representadas, podemos amplificar histórias e experiências que muitas vezes são negligenciadas ou ignoradas pela narrativa dominante e que não espelham as necessidades reais destes grupos…
Além disso, a diversidade de perspetivas é fundamental para impulsionar a inovação e o progresso. Quando reunimos indivíduos com diferentes origens e formas de pensar, criamos um ambiente propício para a criatividade e a resolução de problemas complexos. A diversidade de ideias e abordagens capacita-nos a encontrar soluções mais abrangentes e eficazes para os desafios que enfrentamos, seja no campo da ciência, da tecnologia, das artes ou da política.
No entanto, promover a diversidade de perspetivas não é apenas uma questão de justiça ou eficiência, é também uma questão de democracia e dignidade humana. Todos têm o direito não apenas a serem ouvidos, mas também de verem as suas experiências e identidades refletidas de maneira autêntica na narrativa coletiva. Ao reconhecer e valorizar a diversidade de perspetivas, não apenas enriquecemos o nosso entendimento do mundo, mas também construímos uma sociedade mais inclusiva, equitativa e resiliente para todos.
Claudia Viana Marinho – Educadora Social
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Três réplicas em LEGO® de monumentos icónicos do Porto – a Torre dos Clérigos, a Livraria Lello e a Sé Catedral – viajaram recentemente da Caixa dos Brinquedos, em Paredes de Coura, para o WOW Porto, onde integram a exposição imersiva ‘Brick World’.
Viana do Castelo volta a assumir um papel central no contexto autárquico nacional ao acolher, no próximo sábado e domingo, o XXVII Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que reunirá centenas de autarcas de todo o país no Centro Cultural da cidade.
O Governo vai transferir 25 imóveis devolutos para 19 municípios, num investimento total de 13,5 milhões de euros destinado à sua requalificação. Viana do Castelo está entre os concelhos contemplados, beneficiando assim de património público que poderá vir a ser reconvertido para novos usos de interesse local.
A empreitada de colocação de barreiras para proteção à catenária na Ponte Eiffel vai ficar temporariamente parada até sábado, 13 de dezembro, anunciou a Infraestruturas de Portugal (IP). A empresa justifica a suspensão com “constrangimentos diversos” que obrigaram a reajustar o calendário da intervenção.
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