Os primeiros dias deste mês de agosto, no nosso país, ficaram, sem dúvida, marcados pela realização da Jornada Mundial da Juventude, que trouxe a Portugal tantos milhares de jovens cristãos e não só. Por iniciativa do Papa Francisco, esta Jornada teve como lema a frase bíblica «Maria levantou-se e partiu apressadamente» (Lc 1,39). Este versículo refere-se à atitude de Nossa Senhora que, após a Anunciação (o anúncio, por parte do anjo, de que iria ser a Mãe de Deus feito homem), se dirige apressadamente ao encontro da sua prima Isabel, para partilhar tão grande alegria.
Ao escolher esta frase, o Papa quis convidar os jovens e os menos jovens, os cristãos e os que professam outros credos a serem portadores da alegria, isto é, a recusarem o comodismo e a se desinstalarem, sendo anunciadores da alegria a cada homem e a cada mulher.
Ao pensar na Romaria de Nossa Senhora d’Agonia, vieram-me à mente estas palavras evangélicas. Enquanto apaixonado pelas nossas festas, o contacto com diversas pessoas – mais ou menos envolvidas na Romaria – fez-me perceber como são muitos aqueles e aquelas que, para tornar possível a Romaria, “se levantam”, tantas vezes com sacrifício pessoal, mas com dedicação e amor incomensuráveis, para serem verdadeiros “missionários da alegria” junto das centenas de milhares de pessoas que visitam a nossa cidade por estes dias. Há algumas semanas, um senhor envolvido na organização das festas há mais de trinta anos, confidenciava-me, emocionado, que, em cada dia da festa, saía de casa às seis da manhã para chegar já perto das duas da madrugada seguinte.
Por isso, é com emoção que, como cidadão vianense, uso estas linhas para – assim creio –, dando voz ao sentimento de tantos, dizer obrigado a quem nos permite viver intensamente a rainha das romarias de Portugal.
Obrigado à Confraria de Nossa Senhora d’Agonia que, como escreveu o Padre Vasco Gonçalves na mensagem de abertura da edição deste ano do livro A Falar de Viana, «é o rosto de tantas pessoas anónimas que dão tanto de si para que a Romaria seja possível». Eu diria até que a Confraria é aquela que, longe das multidões e dos holofotes, guiada pelo Padre Vasco, permite que, no Santuário, se venere a Mãe de Jesus Cristo, invocada como Senhora d’Agonia, ao longo de todo o ano. E os seus membros fazem-no com imenso zelo. Por isso, é tão justo que, este ano, ocupem a presidência da Comissão de Honra, por decisão do Presidente da Câmara Municipal.
Obrigado àqueles que ocupam relevantes funções de serviço no exercício do poder autárquico ou na coordenação de outras entidades ligadas diretamente à Romaria. Com abnegação e espírito de serviço, são chamados a um contínuo discernimento, nem sempre justamente reconhecido, no desejo de que a Romaria seja cada vez melhor e vá ao encontro das reais necessidades das pessoas.
Obrigado aos membros da Comissão Executiva que se dão até ao limite das suas forças para que nada falhe, mas tudo decorra como programado, o que é especialmente exigente quando falamos de um programa tão vasto e diversificado.
Obrigado a todos que, sendo da ribeira ou provenientes das diversas freguesias do concelho, são membros ativos na concretização dos diferentes momentos da Romaria, permitindo que aqueles que olham “de fora” se comovam e transfigurem.
Obrigado àqueles que, quase sem nos apercebermos, asseguram a limpeza, a segurança e tantos outros serviços sem os quais Viana não poderia acolher como acolhe tão grande multidão.
Obrigado aos profissionais da comunicação social, que levam a Romaria aos que estão longe e a imortalizam em imagens que nos permitem a ela voltar, enquanto, com saudade, esperamos pelo ano seguinte.
Obrigado, enfim, a todos e a todas que, de algum modo, nos permitem encher de “chieira” nos dias grandes da Romaria.
Agradecer-lhes pelo facto de, à imagem de Maria, se levantarem ano após ano, com renovado entusiasmo, para que a Romaria aconteça não é um pormenor. É cultivar aquilo que deveria ser elementar em qualquer sociedade, mas que muitas vezes escasseia, como afirma o Papa Francisco: uma cultura de gratidão.
Que a Senhora d’Agonia vos dê força para vos continuardes a levantar. Sois vós que fazeis a festa. Sois vós a festa. E nós convosco. Aplaudindo-vos de pé, poderemos assim dizer, de verdade, que «somos todos Romaria».
Feliz Romaria de Nossa Senhora d’Agonia 2023.
Pe. Renato Oliveira
A poucas horas do Natal e a escassos dias do final de mais um ano, agradecemos a todos pela confiança na Viana TV. Continuamos a ter "Uma nova forma de ver Viana do Castelo".
Embora não seja muito comum nas grandes cidades as famílias com filhos pequenos saírem à rua depois da meia noite, em muitas aldeias de norte a sul do país, a missa do galo continua a ser uma tradição inquebrável.
Os presentes de natal são sem qualquer sombra de dúvida uma das maiores tradições de natal. Tendo começado há mais de 10 mil anos (os agricultores trocavam nesta altura o excedente das suas colheitas como forma de celebração do inverno já estar a meio), ainda hoje se mantém, fazendo as delicias de miúdos e graúdos, que deliram na altura de rasgar os presentes.
Cerca de 80 estudantes internacionais que permanecerão em Viana do Castelo durante a quadra natalícia recebem cabazes de Natal oferecidos pelos Serviços de Ação Social do Politécnico de Viana do Castelo, numa iniciativa que visa promover inclusão, solidariedade e sentimento de pertença.
A Ceia de Natal envolve muitas tradições populares. Em Portugal, a ceia de natal recebe o nome de consoada sendo celebrada na noite do dia 24 de Dezembro, a véspera de Natal. Esta tradição leva as famílias a reunirem-se à volta da mesa de jantar, comendo uma refeição reforçada. Por ser uma festa de família, muitas pessoas percorrem longas distâncias para se juntarem aos seus familiares.
O Serviço de Pediatria da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) proporcionou às crianças internadas momentos especiais de celebração natalícia.
O Papa Leão XIV manifestou “grande tristeza” pela rejeição, por parte da Rússia, do pedido de trégua de Natal e apelou a que os conflitos armados sejam interrompidos em todo o mundo durante pelo menos 24 horas no dia de Natal.