As doenças raras afetam, quando pensadas individualmente, uma parcela muito pequena da população. Mas existem milhares de doenças descritas, com mais de 7 mil identificadas até hoje. Por este motivo, estima-se que a nível mundial cerca de 400 milhões de pessoas vivam com uma doença rara, na Europa mais de 30 milhões de pessoas, enquanto que em Portugal entre 600 a 800 mil pessoas – ou seja o equivalente a aproximadamente 6-8% da população nacional.
Portanto, e apesar de individualmente afetarem um número pequeno de pessoas, o impacto coletivo das doenças raras é muito significativo. A maioria delas (mais de 70%) têm origem genética, mas também podem ser causadas por fatores infeciosos, situações autoimunes ou oncológicas, por exemplo. Geralmente são crónicas, graves e progressivas, o que torna essencial um diagnóstico preciso e oportuno.
O Dia Mundial das Doenças Raras, criado pela European Organisation for Rare Diseases (EURORDIS) em 2008, é uma iniciativa para aumentar a conscientização sobre estas doenças. Este dia pretende ser uma plataforma para dar voz aos doentes, promover a compreensão e a empatia na comunidade e impulsionar esforços para garantir o acesso equitativo a cuidados de saúde e tratamento. O tema escolhido para 2024 é “Unite for change! Unite for equity!”.
No entanto, diagnosticar doenças raras pode ser desafiador devido à falta de conhecimento entre profissionais de saúde e por se manifestarem por sintomas comuns e semelhantes a outras condições mais frequentes. Isso muitas vezes resulta em atrasos significativos no diagnóstico e tratamento adequado, impactando negativamente a qualidade de vida dos doentes e das suas famílias e cuidadores.
Avanços recentes em ferramentas de diagnóstico, como testes genéticos, técnicas de imagem avançadas e até a utilização de algoritmos de inteligência artificial, têm ajudado a melhorar a identificação mais precoce das doenças raras. No entanto, tratamentos específicos ainda são raros, com apenas uma pequena parcela das condições tendo opções terapêuticas desenvolvidas e aprovadas (apenas cerca de 5%). A terapia genética tem emergido como uma promissora abordagem de tratamento para doenças raras, visando diretamente as causas genéticas subjacentes. Isso oferece esperança para doentes que antes tinham poucas ou mesmo nenhumas opções de tratamento.
Para enfrentar os desafios das doenças raras, é crucial aumentar a conscientização, garantir que sejam uma prioridade na saúde pública, promover a pesquisa e desenvolvimento de tratamentos e proporcionar apoio adequado aos doentes e às suas famílias.
Ao celebrarmos o Dia Mundial das Doenças Raras, estamos a unir esforços numa causa que vai muito além das estatísticas e dos números. Estamos a reconhecer a força e a resiliência das pessoas que enfrentam diariamente desafios únicos. Estamos a afirmar o nosso compromisso com a inclusão, a equidade e a solidariedade, e a levantar a voz em nome daqueles que muitas vezes são esquecidos.
Neste dia, reafirmamos a importância da sensibilização, da educação e da formação, não apenas entre os profissionais de saúde, mas em toda a sociedade. Cada um de nós pode desempenhar um papel na criação de um mundo onde todos tenham acesso aos cuidados de saúde de que necessitam, independentemente da raridade da sua condição.
Que este Dia Mundial das Doenças Raras seja mais do que uma celebração; que seja uma chamada à ação, um momento de reflexão e um catalisador para a mudança. Juntos, podemos fazer a diferença na vida das milhões de pessoas afetadas por doenças raras em todo o mundo – Unidos pela mudança! Unidos pela Equidade!
Dra. Luísa Pereira – Coordenadora do Núcleo de Estudos de Doenças Raras da SPMI /Coordenadora da Unidade de Cuidados Paliativos Agudos do Hospital CUF Tejo
A Liga dos Amigos do Hospital de Viana do Castelo celebrou, no último sábado, 44 anos de atividade, numa cerimónia que destacou o papel essencial de dadores de sangue, voluntários e instituições beneméritas no apoio à melhoria dos serviços hospitalares.
Viana do Castelo quer afirmar-se através do mar. Esta quarta-feira, no Teatro Municipal Sá de Miranda, decorreu a conferência “Cidades Portuárias e a Economia Azul”, organizada pela Câmara Municipal e pelo Centro de Excelência Jean Monnet - OCEANID +, da Universidade Nova de Lisboa.
Nos próximos dias 28 e 29 de novembro, Viana do Castelo vai receber duas iniciativas dedicadas à mobilidade sustentável e à promoção da bicicleta como meio de transporte e lazer. Os eventos são organizados pela associação em constituição Viana Ciclável, com atividades para todas as idades.
A Câmara Municipal de Ponte de Lima recebe amanhã, 28 de novembro, às 18h00, no Salão Nobre, a Cerimónia de Entrega do Prémio A. de Almeida Fernandes 2025, distinção que homenageia o historiador Armando de Almeida Fernandes e visa incentivar a investigação em História Medieval Portuguesa.
O Dia Mundial do Fado celebra-se esta quinta-feira com uma homenagem especial à voz maior do fado português: Amália Rodrigues. A data fica marcada pela estreia nacional da exposição “AH AMÁLIA – Living Experience”, que tem início em Viana do Castelo no âmbito do projeto itinerante Ah Amália On Tour.
O Programa Municipal de Apoio aos Cuidadores Informais (PMACI) levou a experiência de Viana do Castelo às V Jornadas do Serviço de Psicologia da ULS São João, realizadas a 20 de novembro, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
O Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana prepara a estreia da sua 172.ª criação, “Ligas ou Desligo-te?”, marcada para 2 de dezembro de 2025. O espetáculo conta com cocriação e interpretação de Alexandre Calçada, e com a participação criativa de Adriel Filipe, Elisabete Pinto, Ricardo Simões e Tiago Fernandes.