Concluídos quase dois meses de governação, esperava-se uma mudança abrupta na liderança do país. No entanto, parece certo que a infantilização dos portugueses irá continuar a acontecer, com consequências nefastas na forma como os mesmos se interessam pelos temas políticos e até para a notoriedade das Instituições Democráticas.
Na Assembleia da República, assim como na sociedade ocidental de uma forma geral, temos dois grandes blocos em polaridades opostas – uma de direita e outra esquerda que, há muito que se alimentam, pois precisam necessariamente um do outro para sobreviver – contribuindo desta forma para a descredibilização da classe política e para o alimentar do fenómeno do Populismo.
A falta de coragem, o medo da contestação popular – alimentado por uma imprensa pouco livre, incapaz de produzir conteúdo que a dignifique enquanto 4º pilar da Democracia – é notória, assim como a incapacidade de implementar as reformas estruturais que se impõe, sistematizando a delapidação (mesmo que de forma naive) dos valores democráticos e, por consequência, do sonho da Democracia Liberal.
Bem sabemos que, numa Era de permanente compressão do espaço-tempo é-nos muitas vezes imposto um modo de reacção, em vez de ponderação, o que obriga a que os Governos tenham eles próprios muitas vezes de reagir em vez de agir. No entanto, esta Era exige exactamente o contrário – exige verdadeiros líderes, capazes de analisar os diferentes fenómenos sociais com distanciamento, exige líderes convictos das suas posições, dos seus valores e da missão para a qual estão designados.
A infantilização dos eleitores irá (continuar a) ter consequências trágicas, quer ao nível da estagnação que enquanto sociedade estamos a viver, quer ao nível da substancial descredibilização do exercício político. Mantendo esta trajectória, iremos continuar a inspirar todos aqueles que anseiam por uma sociedade onde é praticado o Princípio da Desconfiança.
Parece coisa pouca, mas o Principio da Confiança foi o permitiu construirmos sociedades livres, inspiradas pelo Humanismo, pelo respeito entre indivíduos e pela tolerância. Permitiu-nos reconhecer que na diferença somos mais fortes, e que a diversidade de pensamento é tão mais importante quanto a necessidade de experienciarmos o contraditório, que a riqueza cultural advém exactamente da celebração de cada uma das nossas individualidades.
Aplicando o principio oposto, iremos caminhar para sociedades planificadas, hiper-vigilantes e, possivelmente, de pensamento único, assente num Estado forte e moralista, legitimando assim novas configurações autoritárias.
É imperativo recuperar a credibilidade das Instituições Democráticas. É imperativo trazer sangue novo à Política, livre dos velhos vícios, das velhas clientelas e dos amiguismos que o próprio sistema criou. Neste tempo são necessários novos actores políticos, que consigam ter o pragmatismo, dedicação e a paixão de almejar uma sociedade que dignifique os valores da sociedade ocidental e que com coragem saibam ser a voz sábia da moderação, que não procura votos, mas que vibra, que se entusiasma, com o potencial das convicções liberais.
É essencial sermos governados com coragem. Coragem essa que inspire uma sociedade de progresso, assente na cooperação entre indivíduos livres, seguros e soberanos de si próprios, inspirados para exercer o seu direito a uma vida feliz.
O presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, lançou um alerta sério sobre o aumento “galopante e insustentável” dos custos de depósito de resíduos, defendendo que a situação já ultrapassa a capacidade de resposta dos municípios e exige uma intervenção urgente do Governo.
Viana do Castelo foi palco da 4ª edição do RE.VER, evento dedicado à fotografia contemporânea, realizado na Sala Experimental do Teatro Sá de Miranda. Organizado pela Oficina de Fotografia e coordenado por João Gigante da AO NORTE, o encontro reuniu fotógrafos, artistas e público em torno de debates, exposições e projeções que exploram a imagem como forma de arte e comunicação.
Valença voltou a brilhar no panorama empresarial nacional. Dez empresas do concelho foram distinguidas com o Estatuto PME Excelência 2024, um dos mais importantes reconhecimentos atribuídos ao tecido empresarial português.
Uma operação da Polícia Judiciária, conduzida pela Diretoria do Norte, resultou na detenção de sete suspeitos e na constituição de 45 arguidos, no âmbito de uma investigação sobre associação criminosa, branqueamento de capitais, fraude fiscal e falsificação de documentos.
A Câmara Municipal de Viana do Castelo entregou as primeiras 17 escrituras relativas a habitações situadas no Lugar da Costeira, em Alvarães, dando início ao processo de legalização de uma Área Urbana de Génese Ilegal (AUGI) com mais de 50 anos.
O Município de Silves distinguiu o atleta do Clube de Atletismo Olímpico Vianense (CAOV), Ussumani Djumo, na cerimónia "Estrelas do Desporto, da Serra ao Mar". A homenagem reconhece o percurso exemplar do jovem luso-guineense e a sua representação digna da Guiné-Bissau nos Campeonatos Mundiais de Atletismo em Tóquio 2025.
A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Braga, deteve um homem de 30 anos suspeito de provocar um incêndio numa habitação na freguesia de Vila Meã, em Vila Nova de Cerveira, no contexto de violência doméstica.