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Internacional

Megaoperação da PJ em várias regiões do país leva à detenção de 64 suspeitos por burlas de 14 milhões de euros

18 Setembro, 2025 | 15:25
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Pedro Xavier
1 min. leitura

A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta terça-feira 64 pessoas, numa megaoperação contra um grupo criminoso transnacional dedicado a burlas informáticas, branqueamento de capitais e fraude bancária. A investigação envolve perdas superiores a 14 milhões de euros.

A ação foi conduzida pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ, em colaboração com a polícia sueca, Europol e Eurojust. Foram realizadas 73 buscas domiciliárias em várias zonas do país, incluindo na região.

Segundo a PJ, os suspeitos — na sua maioria de nacionalidade sueca e a residir em Portugal — operavam através de esquemas de “phishing”, tendo como alvo cidadãos suecos, sobretudo idosos com mais de 65 anos. As vítimas eram levadas a fornecer dados de acesso às suas contas bancárias, permitindo a transferência ilícita de fundos para contas em Portugal e outros países.

O grupo utilizava “money mules” – pessoas recrutadas para ceder ou abrir contas bancárias em seu nome – para movimentar e dissipar os montantes roubados, contribuindo assim para o branqueamento de capitais.

Durante a operação, foram apreendidos equipamentos informáticos, documentação, viaturas de alta cilindrada, joias e relógios de luxo, presumivelmente adquiridos com os lucros do esquema fraudulento.

Os detidos já foram presentes ao Ministério Público, para primeiro interrogatório judicial e eventual aplicação de medidas de coação.

A PJ considera esta uma das maiores operações dos últimos anos no combate à criminalidade informática e ao cibercrime organizado, sublinhando a importância da cooperação internacional neste tipo de investigações.

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