Logo
Regional

Luís Nobre diz que transferência do Fundo de Equilíbrio Financeiro para Viana do Castelo é “insustentável”

15 Outubro, 2024 | 10:25
Partilhar
Viana TV
3 min. leitura

O presidente da Câmara de Viana do Castelo disse que a redução das transferências do Estado, através Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF), para o município é “insustentável” e apelou à revisão do modelo de financiamento das autarquias.

“É insustentável o que está a acontecer. Ou é revisto o financiamento às autarquias locais ou é insustentável. Quando é que é revista a lei do financiamento local?”, questionou Luís Nobre, referindo-se aos valores que constam na proposta de OE2025, que vai ser votada, na generalidade, no dia 31 de outubro.

O autarca socialista, que respondia, no período antes da ordem de trabalhos da reunião camarária desta segunda-feira, a uma interpelação do vereador independente Eduardo Teixeira – que pediu que o município reduza, em 1%, a participação de 5% no Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) – referiu que, “desde 2019 até hoje, Viana do Castelo tem perdido um milhão de euros por ano do FEF”.

“Começámos por receber quase 20 milhões de FEF. Para o ano, vamos ter oito milhões de euros”, sustentou.

Segundo Luís Nobre, “dos 179 milhões de euros que o Alto Minho vai receber, em 2025, de verbas provenientes da administração local, o concelho de Viana do Castelo vai ter direito a 36,4 milhões de euros, cerca de 20%”.

“Como é possível garantir o funcionamento do município quando só em salários são precisos 30 milhões. Temos bombeiros sapadores que representam, em massa salarial, mais de dois milhões de euros por ano. Os sapadores não são importantes para Viana do Castelo? Depois temos projetos na área social, intervenção em infraestruturas do Estado na área da saúde. Já nem falo da educação, os projetos implementados de apoio às famílias. Para reduzir a despesa em um milhão, como economista diga-me onde vamos cortar? A realidade é esta. Como diz o povo, e bem, não se fazem omeletes sem ovos”, afirmou Luís Nobre, dirigindo-se a Eduardo Teixeira.
Luís Nobre garantiu que não vai devolver a participação no IRS, por considerar que “menos 1% pode fazer toda a diferença”, por exemplo, na “manutenção, entre outras, de necessidades básicas do município, como a limpeza urbana”.

“Acha que sou estúpido? Acha que se eu pudesse devolver os 5% de IRS não o faria? Se não o faço é porque preciso desta receita. Se o faço, é porque reduzir 1%, cerca de seis milhões de euros, é uma receita que faz toda a diferença na política de apoio a todos os setores. Se queremos uma sociedade justa, temos de pedir a quem mais tem para ajudar quem menos tem, ou têm mais dificuldades”, sublinhou.

Luís Nobre referiu que “o Estado também não vive sem impostos” e que, em ano de eleições, “não chega bater à porta dos presidentes de câmara” e “não basta dizer que as autarquias, em termos de proximidade [às populações], são as maiores”.

“Somos, mas sai-nos do corpo. É o nosso sacrifício que ainda continua a fazer a diferença”, frisou.

Eduardo Teixeira contra-argumentou, referindo que “há 30 anos que Viana do Castelo é o concelho mais caro do distrito para se viver” e que “os municípios que mais devolvem IRS, são compensados no FEF e que “os que mais cobram são mais penalizados”.

Os municípios vão receber 3.157,3 mil milhões de euros através do Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF), equivalente a 19,5% da média de impostos cobrados pelo Estado, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2025, entregue na quinta-feira no parlamento.

Em 2025, segundo a proposta do Governo, os municípios receberão também 761.912.496 euros, relativos à sua participação de 5% no Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) dos contribuintes com domicílio fiscal no respetivo território, além de 86.547.397 euros relativos a uma participação de 7,5 % na receita do IVA, de acordo com a lei das finanças locais.

 

Programas de Autor

Episódios Recentes Ver Mais

Notícias

Internacional 6 Dezembro, 2025

Vianense Diva Oliveira volta a emocionar Espanha com fado em “La Voz”

A jovem cantora Diva Oliveira, de 23 anos, natural de Viana do Castelo, continua a fazer brilhar o nome da região além-fronteiras com a sua participação no concurso televisivo “La Voz”, em Espanha.

Desporto 6 Dezembro, 2025

Portugal defronta o Brasil na final do Campeonato do Mundo Feminino de Futsal

Portugal garantiu esta sexta-feira um lugar na final da edição inaugural do Campeonato do Mundo Feminino de Futsal, ao vencer a Argentina por 7-1, em Pasig (Manila).

Regional 6 Dezembro, 2025

Lagoas de Bertiandos e São Pedro d’Arcos comemoram 25 anos de proteção ambiental

Ponte de Lima celebra, no próximo dia 11 de dezembro, os 25 anos da Área de Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e São Pedro d’Arcos, classificada como Área Protegida de Âmbito Regional em 2000.

Regional 6 Dezembro, 2025

Ponte da Barca lança campanha de Natal para incentivar comércio local

Ponte da Barca regressa ao espírito natalício com a iniciativa “Neste Natal, Compre no Comércio Local”, que pretende dinamizar o comércio da vila e aproximar consumidores e comerciantes.

Desporto 6 Dezembro, 2025

Juventude Viana recebe Infante de Sagres com objetivo de manter liderança invicta

Este sábado, a Juventude Viana regressa aos jogos em casa, recebendo o Infante de Sagres no Pavilhão José Natário, em Viana do Castelo, a partir das 21h30, em partida referente à 9.ª jornada do Campeonato Nacional da II Divisão de Hóquei em Patins.

Desporto 6 Dezembro, 2025

Mundial2026: Portugal com Colômbia, Uzbequistão e o vencedor do play-off intercontinental no Grupo K

Portugal vai integrar o Grupo K do Mundial2026, que se realiza nos Estados Unidos, Canadá e México, e vai estrear-se no torneio frente ao vencedor do play-off intercontinental, anunciou a FIFA, após o sorteio em Washington.

Cultura 6 Dezembro, 2025

Viana do Castelo recebe espetáculo do Teatro Nacional D. Maria II em fevereiro de 2026

O Teatro Nacional D. Maria II (TNDM) anunciou a programação para o primeiro semestre de 2026 e Viana do Castelo volta a integrar o conjunto de cidades que acolhem espetáculos em digressão enquanto o edifício do Rossio, em Lisboa, permanece em obras.