O FITAVALE – Festival Itinerante de Teatro de Amadores do Vale do Minho – regressa, entre 3 e 31 de maio, com uma proposta renovada e profundamente enraizada no território: cinco dramaturgos e dramaturgas foram desafiados a criar textos originais para os cinco grupos de teatro amador dos concelhos de Melgaço, Monção, Valença, Vila Nova de Cerveira e Paredes de Coura.
Este desafio, lançado através de uma open call muito participada, promove o encontro entre a criação profissional e a prática teatral amadora, cruzando vozes e experiências distintas, mas unidas por uma mesma geografia afetiva.
Organizado pelas Comédias do Minho, o festival assume-se como uma utopia em construção – um gesto coletivo de criação, partilha e pertença, num tempo em que é urgente sonhar em conjunto. Ao longo de cinco fins de semana, o FITAVALE percorre os municípios do Vale do Minho, oferecendo à população espetáculos que espelham inquietações universais a partir de vozes locais.
O festival tem início no dia 3 de maio, em Paredes de Coura, com o espetáculo “C…”, protagonizado pelo grupo +TAC (Mais Teatro Amador Courense), com encenação de Luís Filipe Silva e música de Samuel Coelho. Inspirado num texto caótico e provocador “Cenofobia” de André Teodósio, este espetáculo convida o público a confrontar os seus próprios medos e a (re)pensar o lugar do teatro enquanto espelho e disrupção do mundo. Entre o absurdo e o plástico – no sentido literal –, “C…” é um jogo de espelhos e um apelo à ação, marcado por uma linguagem visual intensa e uma interpretação coletiva poderosa.
No fim de semana seguinte, no dia 9 de maio, sobe à cena no Palco das Artes, em Vila Nova de Cerveira, o espetáculo “Aurora Debruçada Sobre o Rio”, uma criação do grupo Outra Cena com encenação de Tânia Almeida, a partir de um texto de Cláudio Castro Filho. Mergulhando nas questões da pertença, do território e da ideia de casa, a peça interroga-se: será que pertencemos ao lugar onde nascemos? Ou será esse lugar que nos molda, que nos reclama, que nos sonha? Com sensibilidade e lirismo, este espetáculo propõe uma reflexão poética sobre identidade e enraizamento, tendo o rio como metáfora de vida e memória.
No dia 17 de maio, o FITAVALE ruma a Valença, onde o grupo Verdevejo apresenta o espetáculo “O Dia do Arquivo”, encenado por Sara Costa e livremente inspirado no texto “O meu deus, arquivaram o meu avô”, de Alexandra Moreira. Num mundo ficcional onde as memórias são o bem mais precioso, uma família comemora o Dia Nacional do Arquivo com uma visita à Biblioteca Nacional – o centro nevrálgico de uma realidade onde recordar é uma urgência. Cada membro da família embarca numa aventura surreal, entre personagens insólitas e situações desconcertantes, confrontando medos, ilusões e verdades. Com humor e densidade emocional, esta criação questiona a forma como recordamos, esquecemos e somos lembrados.
Nos dias 23 e 24 de maio, o grupo Os Simples, de Melgaço, apresenta na Casa da Cultura o espetáculo “Ser Cá Dos”, com encenação de Ana Perfeito e texto de João Pecegueiro. Onze atores dão vida a onze personagens encerradas há cinquenta e três dias. Entre cartas – em todos os significados da palavra – e fragmentos de memória, desenha-se uma travessia por múltiplos géneros teatrais, com o cerco de 1388 a Melgaço como ponto de partida. Cada quadro é uma tentativa inexplicável de libertação desse não-lugar em que habitam. Cercados. Ser cá dos… dos que são de cá, dos que não são; das memórias, das viagens, da realidade e da ficção.
O festival encerra no dia 31 de maio, em Monção, com “Pequena Coleção de Esquecimentos”, criação do grupo CTJV com encenação de Cheila Pereira, dramaturgia de Matilde Real e música original e interpretação ao vivo de Rita Barbosa. Esta peça reúne esquecimentos, gestos, vontades e imagens que uma mulher deixou para trás. Entre vestígios e silêncios, desenha-se o retrato fragmentado de uma figura anónima que talvez tenha escolhido desaparecer. Um espetáculo subtil e tocante sobre o que resta quando quase tudo se apaga – e sobre como a memória, mesmo em falha, constrói presença.
A apresentação integra a Maratona FITAVALE, que se realiza no Cine-Teatro João Verde, onde todos os grupos se reencontram para uma celebração final do teatro e da comunidade.
Mais do que um festival, o FITAVALE é um lugar de encontro e criação, onde o teatro se faz espelho, memória e provocação – sempre com os pés no território e os olhos no futuro.
As Comédias do Minho iniciaram a sua atividade profissional em 2004, com o objetivo de levar o teatro às aldeias do Vale do Minho, promovendo uma relação próxima e genuína com as comunidades locais. A Companhia tem investido na circulação de criadores nacionais e internacionais, oferecendo uma programação diversificada que reflete o seu compromisso com a arte e a cultura.
A sua atuação é estruturada em três pilares principais: a Companhia de Teatro, o Projeto Pedagógico e o Projeto Comunitário, que trabalham de forma integrada e complementar. A missão das Comédias do Minho é clara: criar um projeto cultural adaptado à realidade socioeconómica do Vale do Minho, com um forte foco no envolvimento das populações.
Paredes de Coura prepara-se para um fim de semana gastronómico, dias 15 e 16 de novembro, com destaque para o tradicional “Cozido à Moda de Coura”. O prato, símbolo da culinária local, poderá ser degustado em oito restaurantes do concelho: Barbaças, Romântica, Albergaria, Miquelina, Xisto, Os Mouras, Merendas e Renascer.
A Câmara Municipal de Viana do Castelo aprovou, na terça-feira, a alteração ao regulamento do serviço público de transportes urbanos, que passa a incluir um passe único de 20 euros por mês para circular em todas as linhas do sistema TUViana. A nova medida integra ainda descontos e isenções para determinados grupos de passageiros.
A 14 de novembro assinala-se o Dia Mundial da Diabetes, o lema lançado pela Federação Internacional da Diabetes (IDF) no triénio 2024-26 é “Diabetes e Bem Estar”. O foco é a promoção do Bem Estar da Pessoa com Diabetes em todas as suas vertentes por forma a melhorar a qualidade de vida das mesmas. A campanha deste ano foca-se, especificamente, na “Diabetes e o ambiente de trabalho”.
A Escola Superior de Educação do Politécnico de Viana do Castelo (ESE-IPVC) comemorou esta segunda-feira 45 anos de atividade com uma sessão solene que reuniu estudantes, docentes, alumni e parceiros institucionais.
O Município de Ponte de Lima acolhe hoje 13 de novembro, às 18h30, a apresentação do livro “António Silva Monteiro: O homem, a casa e as suas circunstâncias (1822-1885)”, da autoria dos historiadores Gonçalo Maia Marques e José Augusto Maia Marques.
Um homem de 40 anos foi intercetado pela Polícia de Segurança Pública (PSP) de Viana do Castelo, ao início da tarde do passado domingo, 10 de novembro, na Rua de Santo António, na sequência de uma operação de combate aos crimes contra o património.
O Centro Cultural de Viana do Castelo volta a acolher a tradicional festa de passagem de ano, marcada para a noite de 31 de dezembro com abertura de portas às 23h00. O evento promete muita animação, surpresas e música, prolongando-se até às 06h00.