O presidente da Federação de Bombeiros do distrito de Viana do Castelo, Germano Amorim, disse que os operacionais da região “sentem-se cada vez mais completamente à margem de tudo”, sendo considerados como os “criados do sistema”. A posição, assumida em comunicado enviado às redações, relaciona-se com a quinta edição das jornadas internacionais sobre fogos florestais - Alto Minho Firecamp, que decorrem esta quinta-feira e sexta-feira no concelho de Arcos de Valdevez, promovidas pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, que agrega os 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo.
Na nota enviada à imprensa, Germano Amorim afirmou ter pedido esclarecimentos, por escrito, ao presidente da CIM Alto Minho, Manoel Batista, sobre aquela ação, nomeadamente relacionados com a ausência de bombeiros entre os palestrantes nas jornadas, sobre os custos do certame, entre outras matérias.
Segundo o responsável, a missiva, enviada no dia 2, “não mereceu qualquer reação por parte da CIM Alto Minho”.
“Sentimo-nos cada vez mais completamente à margem de tudo. Somos efetivamente os criados do sistema e sem que ninguém se digne sequer a dar-nos respostas adequadas ao que quer que seja”, sustentou o presidente da federação, com sede em Arcos de Valdevez.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da CIM, Manoel Batista, disse que as críticas do presidente da Federação dos Bombeiros do distrito de Viana “não merecem resposta” e, escusou-se, “neste momento”, a explicar as razões que o levaram a não responder à carta de Germano Amorim.
Sobre as jornadas, o autarca socialista referiu tratar-se de uma iniciativa que a CIM do Alto Minho promove desde 2013, que reúne “especialistas na área da prevenção e do combate a incêndios de todo o país e internacionais”.
A edição deste ano conta com uma participação de cerca de 400 pessoas, entre “inúmeras corporações de bombeiros de todo o distrito e, de todo o país”.
“Não temos dúvida nenhuma de que estamos perante uma iniciativa de grande envergadura, grande valor e de importância na área da formação na área da formação e combate de incêndios florestais que são um problema grave no nosso território. Os bombeiros são, sem dúvida, o braço armado de todo este trabalho”, apontou.
Manoel Batista adiantou existir “toda a colaboração com os bombeiros, que já se concretizou em reuniões da CIM do Alto Minho com o presidente da Federação de Bombeiros do distrito de Viana do Castelo”.
“Já tivemos oportunidade de conversar com ele sobre várias matérias e teremos oportunidade de continuar a trabalhar com a federação e com as várias corporações no sentido de lhes dar o que, dentro das nossas possibilidades, são as ferramentas necessárias para continuarem a fazer o trabalho extraordinário que sentem que fizeram e vão continuar a fazer”, disse.
Na nota enviada, a federação adianta estarem a ser “tomadas importantes decisões sobre o futuro dos bombeiros e tudo o que o diz respeito à representação dos bombeiros nessa discussão está completamente posta de parte”.
“Referimo-nos concretamente à distribuição de verbas dos fundos comunitários no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). São técnicos, sem qualquer conhecimento concreto do terreno e das nossas reais necessidades que estarão aparentemente a liderar este processo”, refere a nota.
Germano Amorim adianta que a federação “nunca” é “consultada para nada e é por demais evidente que tudo isto é obscuro e serve apenas para lançar confusão sobre um processo tão importante e estruturante para o distrito de Viana do Castelo”.
“Não podemos continuar a brincar com o nosso futuro e com a segurança dos cidadãos. Exigimos ser ouvidos à mesa de negociações e não por trás de uma cortina qualquer. Exigimos transparência nos processos, frontalidade e lealdade nas relações com os parceiros da proteção civil”, insistiu.
Realizado desde 2013, com o apoio do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), o Alto Minho Firecamp é realizado pela Flanconorte Portugal, num investimento de 15.995,00 euros, como consta no ajuste direto da CIM do Alto Minho, publicado no Base, o portal da contratação pública, consultado esta quinta-feira pela Lusa.
A banda Bela Trama, natural de Viana do Castelo, protagonizou um momento singular ao atuar em pleno deserto do Saara, nas imponentes dunas de Erg Chebbi, em Merzouga (Marrocos).
Ponte da Barca inaugurou a exposição de Velas de Natal, que pode ser visitada nos Paços do Concelho até ao início de janeiro de 2026. A iniciativa resulta de um desafio lançado pelo Município à comunidade e reúne trabalhos de escolas, IPSS, APPACDM e população em geral.
Viana do Castelo encerra este sábado, 13 de novembro, o título de Capital da Cultura do Eixo Atlântico com uma cerimónia especial no Teatro Municipal Sá de Miranda, marcada para as 21h00.
A Igreja de São Domingos, em Viana do Castelo, será palco, no próximo dia 6 de janeiro de 2026, da tradicional “Adoração dos Reis Magos”, um dos momentos mais emblemáticos das celebrações natalícias no concelho. O evento está marcado para as 21h30 e promete voltar a encher o templo de público.
A Liga Feminina Placard está de volta este sábado, 13 de dezembro, após a longa paragem motivada pela realização do Mundial de Futsal Feminino. O Pavilhão Municipal José Natário volta a ganhar vida às 18h00, com um dos jogos mais aguardados da jornada: o vice-campeão Santa Luzia recebe o atual campeão nacional Nun’Álvares.
O Teatro Municipal Sá de Miranda recebe, nos próximos dias 26 e 27 de dezembro, o espetáculo “Baião d’Oxigénio”, com início marcado para as 21h00. João Baião promete levar ao palco uma mistura de música, humor e emoção, numa produção pensada para toda a família.
A Praça da República, no centro histórico de Viana do Castelo, recebe este sábado, às 15h00, o tradicional Feirão do Mel, uma iniciativa gastronómica promovida pela Associação dos Grupos Folclóricos do Alto Minho. O evento promete animar a cidade e atrair visitantes interessados em conhecer e adquirir mel de qualidade para o inverno.