Natividade Barbosa, ex-vice-presidente da Comissão Política Distrital do Chega de Viana do Castelo, apresentou a sua desvinculação da estrutura do Partido, explicando as razões que a levaram a tomar esta decisão numa carta aberta.
Carta Aberta à Comunicação Social e à Opinião Pública
Assunto: Declaração pública de desvinculação da estrutura do Partido Chega
Eu, Natividade Barbosa, Vice-Presidente da Comissão Política Distrital do Partido Chega de Viana do Castelo, em funções até ao dia 2 de Abril de 2025, venho por este meio tornar pública a minha decisão de me desvincular da estrutura do partido Chega, bem como esclarecer os motivos que sustentam essa posição.
Durante cinco anos, lutei incansavelmente pela implantação e afirmação do Partido Chega no distrito de Viana do Castelo. Enfrentei agressões físicas, difamações, ataques internos e externos – provenientes de pessoas mal-intencionadas, contrárias ao partido e até de elementos internos que, infelizmente, colocaram os seus interesses pessoais acima dos princípios que diziam defender. Mesmo assim, mantive-me firme, porque acreditava sinceramente que o Partido Chega representava a única e verdadeira oportunidade para combater o sistema de corrupção instalado há mais de 50 anos em Portugal.
Nas Eleições Legislativas de 2024, aceitei integrar a lista de candidatos à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo, na posição número 2, atrás de Eduardo Teixeira, ex-militante do PSD e figura conhecida do distrito, por bons mas também por maus motivos, que se apresentou como independente na lista do Chega. Segundo palavras proferidas por Diogo Pacheco de Amorim no jantar de encerramento de campanha em Valença, esta nomeação foi resultado de um “pagamento de favores” a André Ventura, desde os tempos em que este era deputado único na Assembleia. Importa referir que Eduardo Teixeira não se filiou no Partido Chega por receio de represálias do PSD, facto que revela, desde logo, uma dualidade de critérios.
Aceitei essa decisão com espírito de missão, consciente da necessidade de dar força ao projeto, mas convicta de que o meu trabalho, qualificações e dedicação seriam respeitados.
Infelizmente, não foi isso que aconteceu.
Com o recente anúncio da queda do Governo da AD e a marcação de novas Eleições Legislativas para 18 de Maio, fui informada no dia 4 de Abril pelo próprio Eduardo Teixeira de que seria novamente convidada, mas desta vez para o terceiro lugar da lista, justificando que teria lugar garantido na estrutura nacional do partido, em Lisboa. Recusei de imediato, pois felizmente não preciso de migalhas e nem de mendigar, vivo bem com o meu trabalho, felizmente. Depois de tudo o que entreguei ao partido – da construção da base local até à presença nas ruas quando ninguém queria dar a cara – não aceitaria ser colocada atrás de quem nunca lutou nem construiu o que quer que fosse pelo Chegano Distrito de Viana do Castelo.
Apresentei toda a documentação exigida pela Direção Nacional – situação regularizada perante a Segurança Social, Finanças e sem quaisquer processos ativos em tribunal. No entanto, esta exigência, alegadamente intransigente, é pura fachada: o Chega continua a apresentar como cabeças de lista pessoas com dívidas avultadas e processos judiciais, como é o caso de Braga e Castelo Branco, o que considero vergonhoso e uma afronta aos princípios que o Partido Chega diz defender.
A surpresa maior, porém, foi o anúncio de que o número 2 da lista seria entregue à senhora Eng. Mecia Martins, de Ponte de Lima, ex-CDS, amplamente conhecida pela população local de Ponte de Lima – não pelas melhores razões. Recorde-se que a sua atuação enquanto Vice-Presidente da Câmara de Ponte de Lima quase comprometeu a continuidade das Feiras Novas, evento de profundo valor cultural para os Limianos. Tal decisão apenas demonstra o que venho denunciando: a falta de coerência, o compadrio e a crescente luta pelo poder pessoal, em detrimento de quem verdadeiramente acredita no projeto Chega e na regeneração do sistema político português.
O Partido Chega que se diz contra a corrupção e o compadrio, adota exatamente as mesmas práticas que diz combater. Ignora quem lutou desde o início, quem esteve presente nas ruas, nas lutas e nos momentos difíceis, para promover pessoas com currículo político duvidoso ou que veem na política apenas uma plataforma para os seus objetivos pessoais.
O povo reconhece quem tem princípios, quem lutou com verdade, quem não teve medo de dar a cara e expor-se quando ninguém mais o fazia. E é por respeito a esse povo que aqui coloco um ponto final na minha participação ativa nesta estrutura do Partido Chega.
Não compactuo com sede de poder, com traições nem com jogos de bastidores. Tenho valores e princípios que me foram incutidos desde criança, sobretudo pelo meu pai – Ermesindo Barbosa, de Paredes de Coura, recentemente falecido – que me ensinou o que significa ser Minhota: ter palavra, ter honra e nunca vender os próprios valores.
A política, infelizmente, ensina que não há amigos – há interesses. Mas saio de cabeça erguida, com a consciência tranquila, com amizades sinceras conquistadas ao longo deste caminho e com a certeza de que jamais me verguei a quem me tentou calar.
A quem tentou difamar-me e insinuar mentiras sobre a minha idoneidade, informo: não tenho dívidas, os processos que tive foram cíveis e resolvidos, como qualquer cidadão pode ter com uma operadora de telecomunicações ou até com qualquer outra coisa banal. Lamento o nível rasteiro e ignóbil a que chegaram certas pessoas.
Desejo boa sorte a quem continua a acreditar no Partido Chega, mas eu não acredito!
Peço assim aos cidadãos que, no dia 18 de Maio, votem com consciência.
Votem em pessoas qualificadas, sérias, com provas dadas, e não em quem vê o parlamento como um trampolim pessoal.
Com dignidade e respeito por quem sempre me acompanhou,
Dra. Natividade Barbosa
Ex-Vice-Presidente da Comissão Política do Chega de Viana do Castelo
Viana do Castelo, 8 de abril de 2025
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