As Comédias do Minho apresentaram hoje a sua programação até julho de 2025, com mais de duas dezenas de iniciativas que incluem estreias exclusivas, encomendas, cocriações nacionais e internacionais, oficinas, cursos, festivais e espetáculos de rua.
Sob o lema “Ir ao Encontro”, a associação cultural reafirma a sua missão de estreitar laços com as comunidades e de responder às mudanças sociais e económicas que marcam o Alto Minho. “Queremos chegar às pessoas, onde quer que estejam, e abrir portas que possam ter sido fechadas, física ou simbolicamente”, sublinha Fátima Alçada, diretora artística das Comédias do Minho.
Entre os destaques da programação estão dois projetos de longa duração que refletem esta visão de futuro. O “555.5 Curso Alargado Sem Interesse Nenhum” é uma iniciativa que desafia jovens do ensino secundário a explorar novas possibilidades criativas, envolvendo nomes como Albano Jerónimo, Afonso Cruz, Marta Bernardes, Beatriz Batarda e José Maria Vieira Mendes. O curso, que arrancou em dezembro de 2024 nas escolas secundárias, tem a duração de três anos e desafia os “desarrumadores” a ir ao encontro de jovens para os desassossegar, para desarrumar cabeças e ideias, mas acima de tudo, para criar em conjunto, possibilidades de futuro. “O nome desta iniciativa é 555.5 Curso Alargado Sem Interesse Nenhum, ou não fossem as coisas, aparentemente, sem interesse nenhum, as mais fascinantes“, assinala a diretora artística. Esta iniciativa, focada no desenvolvimento do pensamento crítico entre os jovens, conta com o apoio da Fundação La Caixa e do dstgroup.
2025 será também o ano em que as Comédias do Minho sairão do Vale do Alto Minho para ocupar temporariamente outros lugares. Com “Ocupações Minhotas“, título e inspiração resgatados de uma iniciativa que realizaram em 2016 em Lisboa, a associação cultural inicia um projeto bienal para ampliar a sua geografia de intervenção, as suas atividades e dar um carácter regular a estas ocupações. “É neste ir e vir, dentro e fora do território dos cinco municípios do Alto Minho que pensámos e projetámos a atividade para esta temporada e para o futuro“, destaca Fátima Alçada.
A programação prevista até julho está organizada em três áreas de intervenção: a Companhia de Teatro Profissional, o Projeto Pedagógico e o Projeto Comunitário. Estas áreas convergem num objetivo comum: usar a arte como meio de ligação e de transformação.
“Chegar a Tempo” marca o arranque da programação da Companhia de Teatro
A Companhia de Teatro Profissional apresenta já em março a produção “Chegar a Tempo”, uma encomenda à encenadora Joana Craveiro e ao Teatro do Vestido que aborda o desaparecimento de lugares centrais das comunidades, como cafés, lojas, supermercados, Esta criação explora o impacto do desaparecimento de espaços comunitários no Alto Minho, partindo de entrevistas e pesquisas locais para criar um retrato íntimo e crítico sobre as mudanças nas comunidades. “Partindo de um conjunto desses lugares outrora centrais nas comunidades de cinco municípios do Vale do Minho (Paredes de Coura, Monção, Valença, Melgaço e Vila Nova de Cerveira) este convite à Joana Craveiro foca-se precisamente nas ideias de fantasmagoria, abandono, transformação e perda, para refletir sobre marcas que ficaram da crise sanitária decorrente do COVID-19, que obrigou ao encerramento de tantos espaços privados e públicos”, explica a diretora artística.
Em julho, no dia 13, a companhia sobe ao palco do Centro Cultural de Belém com a produção “Aves”. A peça, que esteve em digressão em Valença, Paredes de Coura, Melgaço, Monção e Vila Nova de Cerveira no final de 2024, é uma cocriação das Comédias do Minho com a mala voadora e apresenta uma versão contemporânea da obra-prima de Aristófanes. A peça estará no próximo dia 1 de Fevereiro no Centro Cultural de Lagos.
Um compromisso pedagógico com a cultura e a comunidade escolar
Já no âmbito do Projeto Pedagógico, as Comédias do Minho continuam com a digressão do espetáculo “O Duelo”, dirigido por Joana Providência, um espetáculo para famílias que aborda temas como conflitos e paz, com apresentações marcadas para janeiro e fevereiro nos municípios do Vale do Minho. “Dentro da Cabeça”, uma coprodução com a VAGAR – Associação Cultural, é uma criação de dança que explora as complexidades do cérebro humano, destinada a crianças e famílias, com estreia prevista entre fevereiro e março. Esta proposta terá continuidade com as oficinas experimentais de movimento “Dança de Corpo Inteiro”, destinada a professores e mediadores culturais.
Para os alunos do 4.º ano do ensino básico do território, as Comédias do Minho têm em curso a iniciativa “Para que Serve a Cultura”, que oferece miniconferências de filosofia, incentivando a curiosidade e o debate.
Queima de Judas, FITAVALE e coprodução internacional InContínuo estreitam ligação com a comunidade
No âmbito do Projeto Comunitário, a ligação às populações é aprofundada com a realização, a 19 de abril, da “Queima de Judas”, um espetáculo de teatro de rua com forte envolvimento comunitário que as Comédias do Minho realizam, desde 2006, a convite do Município de Vila Nova de Cerveira.
Maio marca o regresso do FITAVALE, o Festival Itinerante de Teatro Amador do Vale do Minho, que reunirá os grupos amadores dos cinco municípios. Para esta edição, as Comédias do Minho desafiaram cinco dramaturgas e dramaturgos a escrever um texto original para cada um dos cinco grupos de teatro amador. Este desafio, fruto de uma open call muito participada, pretendeu cruzar universos amadores e profissionais e potenciar um trabalho colaborativo na construção de uma narrativa comum, desafiada pelo território e pensada para as pessoas. O resultado deste trabalho conjunto com a comunidade será apresentado naqueles municípios entre 19 e 28 de junho.
Entre 7 e 12 de julho, decorre VI edição do projeto “Atlas”, uma iniciativa direcionada a jovens dos 12 aos 16 anos, que envolve cinco artistas e cinco grupos de jovens que, ao longo de uma semana, vão explorar e experimentar diferentes abordagens do universo das artes. O resultado deste trabalho culminará numa apresentação pública em julho.
A programação de 2025 inclui ainda uma parceria internacional de grande relevância. O projeto “In Continuo”, liderado pela companhia Kamchàtka, promove oficinas experimentais em todos os municípios, reunindo cerca de 100 participantes locais. Esta iniciativa, que culminará num espetáculo a estrear em 2026, reflete o compromisso das Comédias do Minho em envolver as comunidades locais em práticas artísticas globais.
Para Fátima Alçada, “trabalhar com as pessoas e para as pessoas exige tempo e dedicação. Acreditamos que estas iniciativas não só aproximam a arte das comunidades como criam pontes entre diferentes gerações e culturas”. Com o apoio dos municípios, patrocinadores e uma equipa dedicada, as Comédias do Minho continuam a afirmar-se como um motor cultural essencial para o Alto Minho. A programação de 2025 promete inspirar, transformar e, sobretudo, ir ao encontro de todos.
Fundadas em 2003, as Comédias do Minho são uma associação cultural de direito privado que reúne os municípios de Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e Vila Nova de Cerveira, constituindo o seu território de ação. Com uma missão centrada na criação de um projeto cultural adaptado à realidade socioeconómica local, as Comédias do Minho investem em propostas artísticas e pedagógicas de valor participativo e simbólico, envolvendo ativamente as comunidades. Esta missão concretiza-se através de três eixos interligados: uma companhia de teatro profissional, um projeto pedagógico e um projeto comunitário.
Programação completa disponível em: https://we.tl/t-zMSfsCBIGX
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