A vespa velutina ou asiática veio para ficar e as alterações climáticas vão alargar as áreas onde a espécie está presente. São perigosas, têm enorme impacto nos apiários, na economia, no ambiente e até na saúde pública, mas a boa notícia é que são controláveis e com relativa facilidade, através de “armadilhas” que todos temos em casa. A ideia poderia de alguma forma sintetizar a comunicação do presidente da APIMIL - Associação dos Apicultores de Entre-Minho e Lima, Alberto Dias, ontem, na sessão que assinalou o Dia Mundial da Abelha e que teve lugar na Incubadora Verde, em Argela.
Casa cheia, maioritariamente de apicultores, preocupados com a proliferação de uma espécie exótica invasora na Europa, onde terá chegado por volta de 2004, acidentalmente, num contentor proveniente da China. Da França, onde abandonou o “transporte”, rapidamente se reproduziu e foi invadindo outros países, e Portugal não foi exceção. Aqui, terá encontrado condições naturais bastante favoráveis para progredir e constituiu uma fortíssima dor de cabeça durante os primeiros anos em que foi identificada, designadamente para os apicultores, que viam as suas colmeias destruídas por uma espécie em que um indivíduo é capaz de matar e comer 25 a 50 abelhas por dia.
Conforme explicou Alberto Dias, mostrando gráficos bem claros, desde 2015, com uma ou outra oscilação, a presença de vespas asiáticas não para de crescer em Portugal, mas é também verdade que o controlo acompanha esse crescimento.
O presidente da APIMIL mostrou as armadilhas eficazes e que todos podemos improvisar. Com uma simples garrafa de água, de plástico, de 1,5 litros, pode construir-se uma armadilha que atrai de forma fatal a vespa. É preciso fazer um ou dois pequenos buracos, por onde possa entrar a vespa, tendo cuidado com as cores à volta dessa entrada. Depois de entrarem já não conseguem sair e, disse Alberto Dias, às vezes num dia enche-se uma garrafa. Não basta, porém, colocar a garrafa em locais estratégicos, como as imediações dos apiários. É preciso que contenha algo que atraia a espécie, mas não as abelhas. E aqui a “receita” ainda é mais simples: para uma boa quantidade de armadilhas, bastará misturar um quilograma de açúcar com dois litros de água, e juntar 70 gramas de fermento de padeiro fresco. O “segredo” para que as abelhas não caiam também na armadilha é deixar fermentar a mistura durante dois dias e só depois colocar as armadilhas. Uma vez fermentada a mistura, as abelhas não são atraídas, mas as vespas sim.
Entre os vários assuntos abordados por Alberto Dias, destaque também para a realidade dos ninhos de vespa asiática, que muitas vezes estão localizados nas árvores, como todos sabemos. Mas nem sempre é assim e o perigo pode ser grande por encontros súbitos em locais inesperados, onde também existem, como debaixo de vãos de escada, galinheiros ou celeiros abandonados e no chão, “enterrados”, onde são especialmente perigosos.

A Câmara Municipal de Caminha está, entretanto, a distribuir armadilhas, para colocar no topo da garrafa de plástico, e que servem sobretudo para ajudar a fazer o controlo da captura das vespas, conseguindo-se também saber mais sobre a espécie e sobre os locais onde mais abunda. Podem ser solicitadas através do email: ambiente@cm-caminha.pt ou pelo telefone: 258 721 708 / 914 476 461.
“Vespa asiática e métodos de controlo” foi assim o tema desta sessão, com organização do Município de Caminha e realizada em parceria da APIMIL e CIM Alto Minho. Recorde-se que a Câmara Municipal de Caminha dedica o mês de maio ao tema biodiversidade e esta sessão enquadrou-se também no conjunto de iniciativas que estão a ser levadas a cabo.
A sessão incluiu a entrega de armadilhas, sobretudo aos apicultores e às Juntas de Freguesia (que posteriormente farão a sua gestão), e a demonstração do seu funcionamento.
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