A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) disse que “enquanto o serviço público de transporte de passageiros (SPTP) se encontrar a ser executado por operadores do grupo AVIC, estes devem ser adequadamente compensados pelo mesmo”.
Em resposta, por escrito, a um pedido de esclarecimento enviado pela agência Lusa, a AMT considera que o “impasse” criado em torno da atualização do valor das compensações por Obrigações de Serviço Público (OSP), atribuído às operadoras, ao abrigo do programa Incentiva + TP, “não pode nem deve prolongar-se no tempo, pela incerteza que causa tanto nos operadores do grupo AVIC, como nos passageiros”.
Até 2023, o valor das compensações por OSP foi de 250 euros, por dia, até 150 quilómetros percorridos.
Para este ano, o grupo Avic propõe uma atualização para os 285 euros, por dia, até 100 quilómetros percorridos.
A agência Lusa contactou o presidente da CIM do Alto Minho, [por ser a entidade que representa os dez municípios do distrito de Viana do Castelo], Manoel Batista, para uma reação à posição da AMT e para saber quantos concelhos já acordaram valores com a empresa, mas ainda não obteve resposta.
No caso de Viana do Castelo, a proposta da autarquia é de 285 euros, por dia, por 125 quilómetros e foi rejeitada pela transportadora que decidiu suspender o SPTP em oito carreiras de transporte público urbano e interurbano, bem como em vários horários em diversas linhas, por gerarem “receitas de bilhética de apenas 86,20 euros, por dia, por viatura, valor insuficiente para cobrir sequer os custos do motorista”.
Desde quinta-feira, aquelas carreiras estão a ser garantidas pela Câmara de Viana do Castelo, de forma transitória e a título excecional, com autocarros próprios e de forma gratuita.
Hoje, em declarações aos jornalistas, à margem uma sessão comemorativa dos 766 anos do Foral Afonsino de Viana do Castelo, o presidente Luís Nobre remeteu uma posição para a CIM do Alto Minho e disse que “município não recebeu nenhuma orientação, nem nenhuma indicação concreta de estar em situação de incumprimento”.
“Há outros municípios que não avançaram tanto nas propostas como Viana do Castelo. Essa informação da AMT terá a ver com outros municípios [do Alto Minho] e não com Viana do Castelo. Há municípios que se mantêm na proposta inicial. Não sei porque não se fala nesses municípios. Porque só se fala em Viana do Castelo”, questionou, sem especificar os municípios em causa.
No esclarecimento enviado à Lusa, a AMT acrescenta ter “recomendado às autoridades de transporte (AT) envolvidas [as dez Câmaras municipais do distrito de Viana do Castelo e a CIM do Alto Minho] que regularizem com a maior urgência a situação dos pagamentos do SPTP efetuado nas suas áreas geográficas de abrangência”.
Quanto “à prestação de SPTP nos municípios onde ainda não se alcançou um acordo, a AMT recomendou que as partes retomem as negociações, tendo em vista alcançar um resultado satisfatório para todos os envolvidos e que salvaguarde os interesses das populações, mantendo o SPTP nestas áreas”.
“A AMT nota que não se pode substituir à entidade adjudicante na formação dos valores a pagar a título de eventual compensação, nem se pode substituir à gestão de contratos de OSP na monitorização regular, cabendo-lhe intervir aquando da verificação da violação de normas legais ou contratuais”, refere a nota.
Para a AMT, “o cumprimento de OSP deve ser compensado na exata medida da imposição de tais obrigações e dos efeitos que as mesmas provocam, sendo da responsabilidade das AT competentes proceder a tais compensações, naturalmente, em função das disponibilidades financeiras”.
“Caso estas não existam, então, o nível de obrigações impostas tem de ser ajustado ou devem ser adotadas outras medidas que as AT considerem mais adequadas, com respeito pelos princípios da transparência, da concorrência não falseada e da promoção e proteção dos direitos dos utilizadores/passageiros”, sustenta.
A Lusa contactou o diretor executivo do grupo Avic, Ivo Cunha, que confirmou ter hoje recebido o parecer do IMT, na sequência de um pedido da empresa para a intervenção do regulador quanto ao valor das compensações.
Ivo Cunha escusou-se a prestar declarações porque o parecer está a ser analisado pelos serviços jurídicos da operadora.
A produtora vianense Anémona Sonora, em parceria com o Club Lote 5, promove esta sexta-feira, 5 de dezembro, o evento “Lote of Christmas”, iniciativa que pretende afirmar Viana do Castelo como ponto de referência no panorama da música eletrónica regional.
A Polícia Judiciária deteve esta semana oito pessoas na sequência de uma operação de grande escala realizada no Norte do país, no âmbito de uma investigação a alegados esquemas de corrupção envolvendo a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV).
O Mercado de Natal de Vila Nova de Cerveira decorre nos dois primeiros fins de semana de dezembro, com artesanato, produtos regionais e doces típicos.
Paredes de Coura prepara-se para receber um dos nomes mais aplaudidos da nova música portuguesa. Noble sobe ao palco do Xapas no próximo dia 20 de dezembro, num concerto que promete uma noite carregada de emoção, intensidade e momentos memoráveis.
O programa “Viana Coração do Natal” regressa ao centro histórico de Viana do Castelo entre 5 de dezembro e 5 de janeiro de 2026, e traz consigo dois destaques culturais que prometem captar a atenção de vianenses e visitantes: a exposição “Ah Amália – Living Experience on Tour” e a XV Bienal de Pintura do Eixo Atlântico.
O Viana STARTS representou Viana do Castelo na Irlanda, onde participou no encontro de capacitação promovido pela European Urban Initiative (EUI), realizado em Monaghan, sob o tema “Reimagining Places: Sustainable Conservation of Ireland’s Beautiful Heritage”.
O Bloco de Esquerda conseguiu aprovar, no Orçamento de Estado para 2026, duas propostas históricas para o Alto Minho: a requalificação do portinho de Vila Praia de Âncora, em Caminha, e as dragagens em Castelo de Neiva, em Viana do Castelo.