O centenário e devoluto edifício do antigo Matadouro Municipal de Viana do Castelo vai ressurgir dentro de um ano como espaço criativo e comunitário, resultado da empreitada de reconversão do projeto Viana STARTS, consignada hoje, por 3,169 milhões de euros, e que se baseia no espírito da Ciência + Tecnologia + Arte, assente nos valores do Novo Bauhaus Europeu.
A Câmara Municipal de Viana do Castelo inicia, agora, a empreitada que prevê um prazo de execução de 420 dias e que trará à cidade um edifício com a chancela “New European Bauhaus”, iniciativa criativa e interdisciplinar que proporciona um espaço de encontro para conceber futuros modos de vida, situada na encruzilhada entre a arte, a cultura, a inclusão social, a ciência e a tecnologia, que visa aproximar o Pacto Ecológico Europeu (European Green Deal) dos sítios onde vivemos e mobilizar um esforço coletivo para imaginar e construir um futuro sustentável, inclusivo e estético.
“O compromisso com a sustentabilidade está no centro do projeto e durante a reabilitação do edifício, serão desenvolvidas e testadas pelo menos 20 novas soluções inovadoras com enfoque na eficiência energética e na economia circular. Algumas dessas soluções poderão, no futuro, servir outros edifícios aqui ou em qualquer outra parte do mundo”, destacou o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre.
Exemplos como materiais isolantes em cortiça e o cânhamo para maior eficiência térmica, o armazenamento de 80% do excedente de energia renovável sob a forma de hidrogénio verde, a utilização de pelo menos 20% de materiais reciclados na construção, o aproveitamento de 90% dos resíduos de construção através da reutilização, reciclagem e recuperação e que 50% da utilização de energia utilizada seja proveniente de fontes renováveis (como sol, vento e ondas) são inovações que garantem que o edifício Viana STARTS cumpra com os mais altos padrões ambientais e de sustentabilidade, mas também que teste soluções com potencial para se tornarem produtos de mercado no futuro.
Ao criar pontes entre diferentes origens, atravessando disciplinas e construindo a participação em todos os níveis, a iniciativa New European Bauhaus inspira um movimento para facilitar e orientar a transformação de sociedades em três valores inseparáveis: sustentabilidade, desde metas climáticas, circularidade, poluição zero e biodiversidade; estética, qualidade de experiência e estilo, além da funcionalidade; e inclusão, desde a valorização da diversidade, até à garantia de acessibilidade.
O Presidente da Câmara garante ser “uma honra” para a cidade poder contar com um edifício que cumpre os requisitos do New European Bauhaus, considerando que o Viana STARTS representa “o compromisso vianense com o futuro, a sustentabilidade, a inclusão e a estética”.
“Com o VIANA STARTS, queremos posicionar Viana do Castelo na linha da frente da inovação azul, com um ecossistema que combina tradição e futuro, cultura e tecnologia, conhecimento e criatividade. Este é um projeto para todos. Um espaço aberto à cidade e ao mundo, onde juntos podemos construir um futuro mais sustentável e inovador para Viana do Castelo”, realça Luís Nobre.
Recorde-se que a reabilitação e reconversão do antigo Matadouro Municipal corresponde a um projeto de seis milhões de euros que obteve um financiamento de cerca de cinco milhões de euros FEDER. Vai utilizar um conjunto de soluções inovadoras de eficiência energética e hídrica, baixo teor de carbono e economia circular.
Será feita uma intervenção em todo o recinto para a concretização de um processo de renovação e construção inovador, no âmbito da Iniciativa Urbana Europeia (EUI), numa empreitada que conjuga demolição, reabilitação e construção nova, sendo que o projeto prevê a preservação da imagem formal do conjunto edificado existente.
Espera-se que o resultado seja um edifício de energia quase zero com desempenhos bastantes superiores aos exigidos em Portugal, no qual serão aplicados princípios de eficiência hídrica e de armazenamento de águas pluviais. O edifício irá ter elevada eficiência energética, prevendo-se que o excesso de energia renovável obtida num sistema híbrido fotovoltaico e eólico seja armazenada num sistema a hidrogénio, pioneiro a nível nacional em edifícios públicos. A solução de reserva de energia à base de hidrogénio será utilizada quando a energia do sol ou do vento não puder ser utilizada, por exemplo para o período noturno ou em períodos menos ventosos.
Para a melhoria do seu comportamento térmico, será feita a substituição integral das janelas e portas exteriores por caixilharia de alumínio ou de madeira, com recurso a soluções de características inovadoras e reciclagem de alumínio, com vidros duplos com fator solar adequado e integração de material reciclado, reduzindo a sua pegada carbónica.
Relativamente aos interiores, propõe-se a renovação completa dos pavimentos e revestimentos, das infraestruturas, a substituição de todas as caixilharias e a mínima construção de paredes interiores para garantir a maior flexibilidade de utilização dos espaços.
Devido ao elevado estado de degradação do pavimento exterior, este deverá ser refeito contemplando a renovação prevista para o espaço público envolvente. É proposta a construção de uma laje plana visitável que, garantindo um percurso coberto mais confortável de acesso à ala Norte no piso térreo, cumpre um papel agregador da construção reabilitada e da nova edificação, contribuindo assim para uma relação harmoniosa do conjunto edificado.
O projeto visa ainda garantir o acesso exterior à cobertura visitável através de uma nova escada no conjunto da ala norte, aberta para o novo arruamento pedonal previsto pelo município.
Na área exterior a sul, serão criadas as condições para a implantação de contentor para instalação de todo o equipamento técnico necessário à produção de energia a hidrogénio, assim como para a futura implantação de uma casa que se move.
Procurando integrar as paredes de alvenaria existentes, será construído um novo edifício a poente do edifício central que garanta um amplo espaço de trabalho, de carácter flexível e divisível com partições interiores. A solução construtiva selecionada e as opções técnicas das rede e sistemas de infraestruturas conjugam-se para oferecer garantias de conforto, durabilidade, segurança, baixos de custos de manutenção e, desta forma, promover a eficiência energética da edificação no seu conjunto.
Pretendendo promover a máxima flexibilidade de utilização em cada um dos espaços intervencionados e a eficiência das infraestruturas que os servem, o projeto organiza os vários espaços de trabalho, receção e exposição entre o edifício central e o novo edifício, em volta do conjunto central de infraestruturas, instalações sanitárias e acessos verticais ao piso superior.
Propõe-se estabelecer uma área mais contida, a norte do corpo principal, onde se instalam espaços interiores para servir de copa/cozinha aos usuários do edifício, e uma outra área, a sul, de maior dimensão e carácter mais público, aberta ao novo arruamento pedonal previsto e com a instalação de um café aberto ao público.
O projeto Viana STARTS, aprovado no âmbito do programa Iniciativas Urbanas Europeias, tem um total de investimento de 6.243.572€ e é cofinanciado através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) no montante de 4.994.857,60€.
A Associação Juvenil de Deão, o Itecons – Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico para a Construção, Energia, Ambiente e Sustentabilidade, a Inova+, o Dinamo10 – Creative Hub, a Associação Empresarial do Distrito de Viana do Castelo e o Instituto Politécnico de Viana do Castelo são os parceiros deste projeto liderado pela autarquia vianense.
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