A porta-voz dos agricultores de Trás-os-Montes, Douro e Minho do Movimento Civil Agricultores de Portugal disse que a manifestação prevista para esta quinta-feira é a resposta ao autismo do Governo e das confederações pelos problemas do setor.
“Tem havido um autismo por parte do Governo e das confederações. Era previsível que isto acontecesse porque os agricultores, de repente, viram que não estavam a ser representados, não estavam a ser ouvidos”, afirmou Ana Rita Bivar.
Os agricultores portugueses manifestam-se a partir das 06:00 desta quinta-feira com máquinas agrícolas nas estradas de várias zonas do país, reclamando “condições justas” e a “valorização da atividade”, foi hoje anunciado. Segundo um comunicado divulgado hoje, trata-se de uma iniciativa do denominado Movimento Civil Agricultores de Portugal, que se apresenta como “um movimento civil espontâneo e apartidário que une agricultores e sociedade civil em defesa do setor primário”.
Ana Rita Bivar explicou que sendo um movimento “totalmente espontâneo”, é difícil apontar com precisão os locais onde vão decorrer os protestos.
“Há muitos grupos que se estão a organizar individualmente e não temos conhecimento onde vão estar”, referiu.
Com “mais certeza” apontou a região de Trás-os-Montes, em Barca d’Alva, Freixo de Espada à Cinta, Bemposta, Miranda do Douro e no IC5.
A responsável indicou que “há grandes movimentações” previstas também para Vila Real, Lamego, Macedo de Cavaleiros, mas disse desconhecer em que local do Minho ocorrerão os protestos.
Segundo Ana Rita Bivar, uma das preocupações prende-se com o “corte nas ajudas anuais” que deixou os agricultores “completamente desprotegidos”.
“Nós já estávamos com a corda ao pescoço desde há muito anos, mas depois piorou muito com a pandemia de covid-19 e com guerra na Ucrânia e o aumento do cereal. Depois a seca, com o cereal a ser todo importado e chegar a preços incomportáveis. A ministra da Agricultura ignorou esse facto, ostensivamente. E as próprias confederações a ignoraram esse facto”, criticou.
Na “pequena” exploração de Ana Rita Bivar, em Trás-os-Montes, perto de Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, a despesa com a alimentação das 50 ovelhas, duas vacas e cinco cavalos, tornou “incomportável”.
“Num ano, um fardo grande de feno, que custava 15 euros, passou a custar 65 euros. Por semana, os animais comem um fardo em quatro dias”, especificou, adiantando que em dezembro último vendeu o rebanho de ovelhas face ao “adiamento no pagamento das ajudas”.
Segundo Ana Rita Bivar, a falta de ajudas levou ao encerramento de explorações agrícolas, que continuam a fechar “porque as pessoas não estão a aguentar a despesa”.
Ana Rita Bivar adiantou que a Agenda 2030 da União Europeia (UE) é outras das preocupações do setor, por defender “uma agricultura regenerativa que tem uma data de medidas que esmagam o agricultor e que são tudo menos ambientalistas ou sustentáveis”.
“O que está a acontecer é uma farsa gigante que está a ser montada. Estão a dar a informação à sociedade civil completamente errada, sempre com o pretexto das alterações climáticas e o que se está a fazer é exatamente o contrário para resolver todos esses problemas”, sustentou.
Segundo Ana Rita Bivar, os agricultores estão “magoados” por verem que “as confederações agrícolas estão perfeitamente alinhadas com os políticos para cumprir a agenda europeia”.
“Essa agenda traz problemas gravíssimos para os agricultores, para o ambiente, para as comunidades que vivem dependentes do trabalho na terra, mas também para toda a sociedade civil”, referiu.
Viana do Castelo volta a assumir um papel central no contexto autárquico nacional ao acolher, no próximo sábado e domingo, o XXVII Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que reunirá centenas de autarcas de todo o país no Centro Cultural da cidade.
O Governo vai transferir 25 imóveis devolutos para 19 municípios, num investimento total de 13,5 milhões de euros destinado à sua requalificação. Viana do Castelo está entre os concelhos contemplados, beneficiando assim de património público que poderá vir a ser reconvertido para novos usos de interesse local.
A empreitada de colocação de barreiras para proteção à catenária na Ponte Eiffel vai ficar temporariamente parada até sábado, 13 de dezembro, anunciou a Infraestruturas de Portugal (IP). A empresa justifica a suspensão com “constrangimentos diversos” que obrigaram a reajustar o calendário da intervenção.
A vila de Ponte de Lima destacou-se na 3.ª edição dos Prémios Património Ibérico, entregues no encerramento da 8.ª Bienal Ibérica do Património Cultural, em Sintra. O município foi premiado na categoria de Melhor Projeto de Parceria pelo projeto Vínculos com (a) História – À descoberta das casas históricas da Ribeira Lima, desenvolvido em colaboração com o Instituto de História Contemporânea da FCSH-UNL.
Viana do Castelo vai receber, no próximo dia 20 de dezembro, o regresso do Circo Mágico de Natal, no Centro Cultural, com um espetáculo que promete encantar toda a família.
O jovem canoísta vianense Tiago Maciel foi distinguido com o estatuto de Esperança Olímpica de Canoagem, tornando-se o primeiro atleta de Viana do Castelo a alcançar este reconhecimento pelo Comité Olímpico Português.
O executivo municipal de Viana do Castelo aprovou, na terça-feira, em reunião ordinária, o projeto de execução para a requalificação e ampliação da Escola EB1 e Jardim-de-Infância do Cabedelo, na freguesia de Darque, com um investimento previsto de 2,061 milhões de euros.