Planeamento, coordenação e sensibilização. Estas foram as principais palavras de ordem elencadas, consensualmente, pelos vários profissionais de proteção civil reunidos, na passada sexta-feira, em Vila Nova de Cerveira, no I Encontro Transfronteiriço de Proteção Civil.
A partilha de conhecimentos e o debate gerados focaram a existência cada vez mais frequente de eventos extremos provocados pelas alterações climáticas, nomeadamente as inundações de 1 de janeiro de 2023 no Alto Minho, e na necessidade de consolidar o trabalho transfronteiriço já existente, redobrando enfoque nas populações e no lema de que ‘a proteção civil somos todos’.
“O que fizeram hoje aqui é muito importante, ao romper com mentalidades, alterar comportamentos e trabalhar a cultura da segurança”. Foi desta forma que o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Macedo Fernandes, classificou esta iniciativa, sublinhando que estes encontros alargados contribuem para intensificar a cooperação transfronteiriça também na área da proteção civil, pois “a geografia é idêntica e as gentes são as mesmas”. O comandante lembrou que já há trabalho feito neste âmbito, com um acordo de proteção civil formalizado nos anos 90, entre Portugal e o Reino de Espanha, “único na Europa, e que foi revisto há cerca de cinco anos, e no qual está plasmada a cooperação de entidades até 25 quilómetros para cada lado de fronteira. Mas os tempos mudam, e pode fazer-se mais”.
A vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Carla Segadães, manifestou-se orgulhosa por reunir tantos especialistas de diferentes áreas, tendo a proteção civil como interesse comum, “com vontade de refletir e agir em prol de um território transfronteiriço mais preparado, mais organizado, mais seguro para enfrentar o futuro no que respeita aos efeitos das alterações climáticas”. Já a alcadesa de Tomiño destacou que “se os ecossistemas e a meteorologia não têm fronteiras, a solução de emergência também não deve conhecer fronteiras”. Sandra Gonzalez referiu o compromisso que as entidades de hoje devem ter para com as gerações futuras, por isso” é importante sermos capazes de dar uma solução planeada, coordenada e conjunta ao nosso território, assim como formar a nossa sociedade”.
O I Encontro Transfronteiriço de Proteção Civil começou com a partilha de testemunhos e de dados concretos referentes às primeiras intervenções nos concelhos de Vila de Nova de Cerveira e de Tomiño, durante o fenómeno de inundações ocorrido a 1 de janeiro de 2023 no Alto Minho, e que serviu de mote para este evento. Com recurso a gráficos, fotografias e vídeos, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Cerveira, António Machado, o coordenador municipal da Proteção Civil de Vila Nova de Cerveira, Carlos Miguel Alves, e a presidente da Proteção Civil e também alcaldesa de Tomiño, Sandra Gonzalez, fizeram uma reflexão sobre o primeiro impacto e reações no terreno de um dia que ficou marcado pela queda de precipitação diária classificada pelo IPMA como ‘extremo absoluto’, algo que não acontecia há mais de 20 anos.
Na primeira mesa redonda dedicada à “Resposta e Articulação a Eventos Extremos”, os oradores foram unânimes ao classificarem os eventos extremos como “imprevisíveis”, mas de uma “frequência cada vez mais regular” e com “uma agressividade e consequências totalmente diferentes do que há 20 anos”. O segundo comandante sub-regional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Carlos Pereira, o gerente da Axencia Galega de Emerxencias da Galiza, Marcos Araújo, o comandante do corpo dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez, Filipe Guimarães, e o chefe da polícia Local de Tomiño, José Ramon Alvarez, convergiram na necessidade de reordenar o território, das florestas como solução, na aplicação dos planos de emergência municipal no terreno através de simulacros e, acima de tudo, num maior envolvimento da cidadania, com maior sensibilização e consciencialização das populações.
A segunda mesa-redonda relacionada com os “Recursos para a Mitigação de Riscos” juntou o secretário da CIM Alto Minho, Bruno Caldas, o gerente da Axencia Galega de Emerxencias da Galiza, Marcos Araújo, o diretor do departamento de Geografia da Universidade do Minho, António Bento Gonçalves, o subdiretor de Meteorologia e alterações Climáticas da Junta de Galiza, Isaac Gómez Piñeiro, e o presidente da Federação de Bombeiros, Germano Amorim. O facto deste território transfronteiriço passar de maioritariamente rural para urbano em poucas décadas leva as entidades a focar-se na ação local, baseada nas mudanças globais, tendo como denominador comum a educação e o investimento nas pessoas. Um dos projetos abordados foi o Roteiro Estratégico Alto Minho + Seguro 23-33 desenvolvido pela Comunidade Intermunicipal do Alto Minho em parceria com a Federação dos Bombeiros Distrital de Viana do Castelo, e que visa tornar o território mais competitivo, atrativo, conectado e resiliente. Quatro objetivos que serão enquadrados nas sete prioridades estratégicas que orientarão as ações dos Corpos de Bombeiros do Alto Minho nos próximos 10 anos (Prevenção e Proteção, Resposta, Inovação e Modernização, Mudanças Climáticas, Governança e Desempenho Efetivo, Parcerias e Pessoas).
O I Encontro Transfronteiriço de Proteção Civil – Eventos Extremos é a primeira ação concreta enquadrada num dos projetos de adaptação do território transfronteiriço às alterações climáticas que a Eurocidade Cerveira-Tomiño pretende implementar até 2026, num investimento de cerca de 700 mil euros, no âmbito da operação 0177_CT_ADAPT, cofinanciados em 75% pelo Feder, através do POCTEP, dando cumprimento ao processo participativo da Agenda Urbana Eurocidade Cerveira-Tomiño 2030.
O Távora somou mais uma vitória expressiva na 2.ª divisão distrital da Associação de Futebol de Viana do Castelo, ao triunfar por 1-5 no reduto do Anais FC, este fim de semana, em jogo da 12.ª jornada. A equipa arcoense mantém-se firme no topo da tabela, agora com 30 pontos, reforçando o estatuto de líder isolado.
O ciclista vianense Iúri Leitão voltou a destacar-se no panorama internacional ao conquistar a vitória na prova de Madison dos 6 Dias de Roterdão, uma das competições mais emblemáticas e exigentes do ciclismo de pista. O atleta de Santa Marta de Portuzelo, Viana do Castelo, fez dupla com o neerlandês Yoeri Havik, atleta da casa, numa parceria que se revelou dominante ao longo de toda a prova.
A Câmara Municipal de Valença vai realizar no próximo sábado, 13 de dezembro, a partir das 9h30, o retiro micológico “Entre Fungos e Monges”, na Quinta do Mosteiro de Sanfins.
A Câmara de Ponte de Lima abriu concurso público, no valor de 820 mil euros mais IVA, para transformar um edifício no centro da vila em oito apartamentos de habitação colaborativa. O projeto, financiado pelo PRR, terá um prazo de execução de 180 dias.
O Politécnico de Viana do Castelo marcou presença esta semana em Veneza, Itália, no primeiro workshop europeu dedicado à criação de orientações para novos graus conjuntos transnacionais. O encontro reuniu mais de 500 participantes, entre presenciais e online, e deu início a um ciclo de trabalho que se prolongará até 2028, envolvendo 73 alianças universitárias em toda a Europa.
A Câmara de Viana do Castelo lançou um concurso público de 324.740 euros para serviços de arqueologia durante a construção do novo mercado municipal e a requalificação da sua envolvente. O prazo de execução do contrato é de 150 dias, e a entrega de propostas termina a 2 de janeiro de 2016.
Trabalhadores de Viana do Castelo, de 15 distritos, Açores e Madeira vão participar na greve geral marcada para quinta-feira, 11 de dezembro, convocada pela CGTP e UGT contra a reforma da legislação laboral proposta pelo Governo.