O projeto do Viana STARTS foi aprovado, esta terça-feira, por unanimidade, tendo também sido aprovada, por maioria, a abertura do concurso público, por um valor superior a 3 milhões de euros e com um prazo de execução de 420 dias.
De acordo com a memória descritiva e justificativa do projeto, apresentada ao executivo em reunião ordinária, propõe-se a intervenção em todo o recinto para a concretização de um processo de renovação e construção inovador, no âmbito da Iniciativa Urbana Europeia (EUI).
“Após uma análise crítica do estado e relevância formal dos edifícios existentes, o projeto procura responder às necessidades identificadas diferenciando obras de demolição, reabilitação e de construção nova. Procurando limitar as operações de demolição e maximizar a reutilização e reabilitação dos elementos essenciais da construção existente, propõe-se a demolição dos elementos que foram acrescentados à construção inicial e a reabertura de vãos encerrados, assim como a demolição integral dos edifícios formalmente menos significativos, cujas dimensões e custo-benefício da sua reparação e conservação não é compensatório, conservando-se as paredes em alvenaria de pedra passíveis de integrar a construção dos novos edifícios”, pode ler-se na proposta aprovada.
O projeto prevê a preservação da imagem formal do conjunto edificado existente. Assim, propõe-se a reconstrução, com tecnologia compatível, das coberturas de telha com estrutura de madeira (introduzindo impermeabilização e isolamento térmico e melhorando assim a resposta global construtiva dos edifícios) e a reabilitação dos rebocos exteriores que são elementos essenciais da caracterização formal dos edifícios.
Para a melhoria do seu comportamento térmico, será feita a substituição integral das janelas e portas exteriores por caixilharia de alumínio ou de madeira, com recurso a soluções de características inovadoras e reciclagem de alumínio, com vidros duplos com fator solar adequado e integração de material reciclado, reduzindo a sua pegada carbónica.
Relativamente aos interiores, propõe-se a renovação completa dos pavimentos e revestimentos, das infraestruturas, a substituição de todas as caixilharias e a mínima construção de paredes interiores para garantir a maior flexibilidade de utilização dos espaços.
Devido ao elevado estado de degradação do pavimento exterior, este deverá ser refeito contemplando a renovação prevista para o espaço público envolvente. É proposta a construção de uma laje plana visitável que, garantindo um percurso coberto mais confortável de acesso à ala Norte no piso térreo, cumpre um papel agregador da construção reabilitada e da nova edificação, contribuindo assim para uma relação harmoniosa do conjunto edificado.
O projeto visa ainda garantir o acesso exterior à cobertura visitável através de uma nova escada no conjunto da ala norte, aberta para o novo arruamento pedonal previsto pelo município.
Na área exterior a sul, são criadas as condições para a implantação de contentor para instalação de todo o equipamento técnico necessário à produção de energia a hidrogénio, assim como para a futura implantação de uma casa que se move.
Procurando integrar as paredes de alvenaria existentes, será construído um novo edifício a poente do edifício central que garanta um amplo espaço de trabalho, de carácter flexível e divisível com partições interiores. A solução construtiva selecionada e as opções técnicas das rede e sistemas de infraestruturas conjugam-se para oferecer garantias de conforto, durabilidade, segurança, baixos de custos de manutenção e, desta forma, promover a eficiência energética da edificação no seu conjunto, procurando assegurar a possibilidade da sua visita com objetivos pedagógicos.
Pretendendo promover a máxima flexibilidade de utilização em cada um dos espaços intervencionados e a eficiência das infraestruturas que os servem, como forma de facilitar a instalação de programas diversos e alterações funcionais, o projeto organiza os vários espaços de trabalho, receção e exposição entre o edifício central e o novo edifício, em volta do conjunto central de infraestruturas, instalações sanitárias e acessos verticais ao piso superior.
Propõe-se estabelecer uma área mais contida, a norte do corpo principal, onde se instalam espaços interiores para servir de copa/cozinha aos usuários do edifício, e uma outra área, a sul, de maior dimensão e carácter mais público, aberta ao novo arruamento pedonal previsto e com a instalação de um café aberto ao público.
Este projeto de reabilitação e reconversão do antigo Matadouro Municipal no edifício do Viana STARTS, projeto de seis milhões de euros que obteve um financiamento de cerca de cinco milhões de euros FEDER, vai utilizar um conjunto de soluções inovadoras de eficiência energética e hídrica, baixo teor de carbono e economia circular.
O edifício irá ter elevada eficiência energética, prevendo-se que o excesso de energia renovável obtida num sistema híbrido fotovoltaico e eólico seja armazenada num sistema a hidrogénio, pioneiro a nível nacional em edifícios públicos. A solução de reserva de energia à base de hidrogénio será utilizada quando a energia do sol ou do vento não puder ser utilizada, por exemplo para o período noturno ou em períodos menos ventosos
Espera-se um edifício de energia quase zero com desempenhos bastantes superiores aos exigidos em Portugal, assim como serão aplicados princípios de eficiência hídrica e de armazenamento de águas pluviais.
O Viana STARTS irá ter um laboratório criativo e comunitário, baseado no espírito da Ciência + Tecnologia + Arte, para que este seja um futuro espaço de criação. Até final do ano, a Câmara Municipal deverá avançar com o início da obra de reabilitação, que irá ser concluída até final de 2026.
A Associação Juvenil de Deão, o Itecons – Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico para a Construção, Energia, Ambiente e Sustentabilidade, a Inova+, o Dinamo10 – Creative Hub, a Associação Empresarial do Distrito de Viana do Castelo e o Instituto Politécnico de Viana do Castelo são os parceiros deste projeto liderado pela autarquia.
O projeto Viana STARTS, aprovado no âmbito do programa Iniciativas Urbanas Europeias, tem um total de investimento de 6.243.572€ e é cofinanciado através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) no montante de 4.994.857,60€.
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