O Presidente da República considerou que o 25 de Abril nasceu à esquerda mas é acolhido como uma data nacional com "homogeneidade por setores políticos", incluindo pelos portugueses ideologicamente mais à direita.
Marcelo Rebelo de Sousa falava na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, no encerramento de uma sessão de apresentação do estudo “Os portugueses e o 25 de Abril”, realizado por uma equipa do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, coordenada por Pedro Magalhães, em parceria com a Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril, Expresso e SIC.
O chefe de Estado realçou que os portugueses inquiridos para este estudo manifestaram “uma escolha esmagadora do 25 de Abril” de 1974 como a data mais importante da História de Portugal, expressaram “um juízo negativo global sobre a ditadura” e “o orgulho de uma transição como aquela que foi realizada”.
“E o impressionante disto é que não corresponde, por um lado, a algumas tendências recentes de narrativas e discursos que são evocativas do passado pré-25 de Abril ou muito críticas em relação ao percurso do 25 de Abril, não corresponde. Não há aqui uma correspondência”, assinalou.
O Presidente da República disse que o estudo mostra “um juízo mais positivo do que era em 2014 e 2004 e genericamente muito positivo ou bastante positivo, mas não acrítico”, e confessou que tinha “expectativas muito menos positivas quanto à visão dos portugueses relativamente ao 25 de Abril”.
“Mas há mais surpresas: é uma homogeneidade por setores políticos. A direita, embora mesmo quando se admite uma conotação mais à esquerda com o 25 de Abril do que mais à direita, a direita partilha do mesmo orgulho da transição pacífica, até é ligeiramente superior, tem juízos que não são dissemelhantes dos juízos de esquerda”, prosseguiu.
“Isto quer dizer que o 25 de Abril, a ser verdade e a dar como boa esta apreciação, este juízo qualitativo, o 25 de Abril se tornou nacional. Se nasceu à esquerda, mais do que à direita, hoje, do ponto de vista qualitativo, é visto quase da mesma maneira pela direita e pela esquerda”, concluiu.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “tendencialmente não há conotação do 25 de Abril com nenhum partido político, mas naqueles que têm conotações aparecem naturalmente o PS e o PCP com maior volume de conotações, e a seguir, por esta ordem, o Chega e o PSD, com uma expressão muito reduzida, mas aparecem”.
“Há coisas surpreendentes nesse estudo, mas que é condizente com o juízo homogéneo à esquerda e à direita sobre várias perguntas que são o julgamento do 25 de Abril e do pós-25 de Abril”, acrescentou.
Para o Presidente da República há “uma realidade é óbvia: é que o 25 de Abril é nacional, hoje”.
A este propósito, destacou a predominância do PSD no poder ainda no “período inicial da democracia”, de 1980 até 1995 – com dois anos de Bloco Central pelo meio –, um “longo período de 15 anos de Governo de direita”, quando “o que se esperaria é que fosse a esquerda a dominar a governação”.
Marcelo Rebelo de Sousa apontou que, depois, houve uma situação “quase contraposta, que é um longo período de Governo de esquerda”, do PS, “com pequenas aberturas no centro-direita e à direita, de quase 30 anos”.
“O saldo do juízo dos portugueses, incluindo os mais ao centro-direita ou mais à direita, é uma visão global, nacional do 25 de Abril. Por isso eu disse que as expectativas tidas em relação ao estudo eram umas, o resultado é outro”, reiterou.
Na sua opinião, “tudo somado, o saldo, visto com distanciamento é positivo, é uma boa notícia para Portugal”.
O jornalista Paulo Julião, natural de Viana do Castelo, foi um dos vencedores dos Prémios Lusa do 3.º trimestre de 2025, distinção atribuída pelo Conselho de Administração da agência noticiosa. O repórter integrou a equipa que assinou um conjunto de trabalhos realizados em Cabo Delgado, Moçambique, durante a última semana de julho.
Três iniciativas nacionais – incluindo duas desenvolvidas na região Centro e uma no Norte – foram distinguidas com os Prémios ODSlocal, que reconhecem projetos exemplares na promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pela Agenda 2030 das Nações Unidas.
O Município de Valença vai aderir à Semana Europeia da Prevenção de Resíduos com uma campanha especial de recolha de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE), a decorrer de 22 a 30 deste mês. A iniciativa pretende mobilizar a comunidade para a deposição responsável de aparelhos elétricos e eletrónicos em fim de vida, promovendo práticas ambientais mais sustentáveis.
O Dia Jubilar da Música 2025, que reúne bandas filarmónicas do distrito e da diocese de Viana do Castelo, sofreu uma alteração de última hora devido às previsões de chuva para domingo, 23 de novembro.
Vila Nova de Cerveira vai receber este sábado, dia 22 de novembro, às 11 horas, a estreia do espetáculo infantil “Faz-me um Resumo”, uma criação de Joana Magalhães encomendada pelas Comédias do Minho. A sessão decorre na Biblioteca Municipal e é de entrada livre, antecedendo apresentações para escolas do concelho entre 24 e 27 de novembro.
Aproveitando o bom tempo que se tem feito sentir, a Câmara Municipal de Caminha está a acelerar várias intervenções de manutenção no exterior dos Paços do Concelho. As equipas municipais encontram-se no terreno a realizar trabalhos de limpeza, reparação e conservação, numa ação que visa melhorar a imagem e a funcionalidade do edifício.
A Biblioteca Municipal de Ponte de Lima volta amanhã a transformar-se num pequeno centro de inovação. Entre as 10h30 e as 12h30, realiza-se mais uma sessão do Laboratório de Robótica e Programação, iniciativa promovida pelo Município com o objetivo de aproximar os mais jovens das competências tecnológicas.